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Kinea pretende levantar até US$500 milhões para private equity

Objetivo é comprar participações minoritárias em empresas médias, em segmentos como varejo, educação e saúde

Agência do Itaú Unibanco: Kinea pode levantar até US$500 (Germano Luders/EXAME)

Agência do Itaú Unibanco: Kinea pode levantar até US$500 (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 11h24.

São Paulo - A Kinea, braço de investimentos do Itaú Unibanco, se prepara para decolar no efervescente mercado de private equity com um fundo de até 500 milhões de dólares.

A ideia é comprar participações minoritárias em empresas médias em segmentos como varejo, educação, saúde ou que se beneficiem da melhora da infraestrutura, algumas das quais exibem ritmo de crescimento de dois dígitos por ano, disse à Reuters o responsável pela área de private equity da Kinea, Cristiano Lauretti.

"Mesmo que as taxas de juros de hoje não se mantenham baixas nesses níveis por muito tempo, o investimento em private equity no Brasil é muito positivo nos próximos anos por causa da expectativa de crescimento da economia", disse.

Antes de levantar o fundo, a instituição já deve anunciar nas próximas semanas a compra de uma fatia numa empresa de médio porte por cerca de 200 milhões de reais, já adiantando qual a dimensão dos negócios que a Kinea pretende fazer.

"Não vamos ter transações com valor menor que 60 milhões de reais", afirmou Lauretti.

O plano é reproduzir o modelo da AIG Capital Partners, onde o executivo atuou desde 2000, com investimentos em companhias hoje conhecidas como Gol, Fertilizantes Heringer e Providência.

De lá veio a equipe de cinco profissionais liderados por Lauretti que toca a área de private equity, a mais jovem da Kinea, hoje com cerca de 250 milhões de reais sob gestão.

É uma fatia pequena em relação aos 2,2 bilhões de reais da carteira total da Kinea, considerando segmentos como hedge funds e fundos imobiliários.

A estratégia de comprar participações minoritárias em empresas médias com alto potencial de crescimento baseia-se no diagnóstico de que o controle desse tipo de negócio ficou muito caro, devido à forte competição de outros grupos de private equity, incluindo estrangeiros, dado que o Brasil é visto hoje como uma das melhores apostas no mundo para investimentos de longo prazo.

Em vez do controle, disse Lauretti, a tática será ter uma participação menor no capital das empresas, mas suficiente para permitir influência na gestão do negócio, seja indicando o diretor financeiro ou um membro do conselho de administração.

"Temos a placa do Itaú, que é uma vantagem importante", afirmou o executivo.

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