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Kijani capta R$ 334 milhões em follow-on de fiagro

Gestora especializada em ativos do setor tem, agora, o terceiro maior fundo desse tipo no país

Kijani quer chegar ao primeiro bilhão sob gestão em 2023 (Alexis Prappas/Exame)

Kijani quer chegar ao primeiro bilhão sob gestão em 2023 (Alexis Prappas/Exame)

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Karina Souza

Publicado em 6 de outubro de 2022 às 14h56.

Kijani Investimentos, gestora de recursos especializada no agronegócio, captou R$ 334 milhões nesta semana com o follow-on de seu Fiagro, o Kijani Asatala. A partir da captação, o fundo passa a ser um dos três maiores no país em termos de patrimônio líquido.

A procura foi alta: o fundo captou a oferta-base (de R$ 300 milhões) somada ao lote adicional. É um 'repeteco' do que aconteceu na primeira rodada, em que levantou R$ 240 milhões. Dessa vez, a captação junto aos investidores trouxe mais de sete mil novos CPFs, totalizando mais de 13 mil cotistas pessoas físicas.

"Ficamos muito felizes. Terminamos a captação três dias úteis antes do primeiro turno das eleições e, para fazer um paralelo com o período de votação, tínhamos uma expectativa positiva mas, é na 'apuração' que conseguiríamos ver o que de fato levantamos. Quando 'fechamos as urnas' e vimos o que aconteceu, o sentimento foi de satisfação", diz Bruno Santana, fundador e CEO da Kijani, à Exame Invest.

O Fiagro em questão é o KJNT11, 'de papel', dedicado principalmente a oferecer crédito dentro do setor, que está entregando resultados acima da expectativa da gestora. Lançado ao mercado no início do ano, não foi listado na B3, mas estava disponível apenas no mercado de balcão. A rentabilidade prometida, na época do lançamento, era de CDI+3% ao ano e, de acordo com os últimos dados da Kijani, está atualmente em CDI+4% ao ano.

De acordo com o executivo, a nova captação traz um patamar inédito para o fundo e dobra a responsabilidade sobre a alocação. Questionado a respeito do porquê o ativo atraiu tantos olhares, ele ressalta que a diversificação do portfólio e o compromisso com o investimento em pequenas quantias em diferentes ativos pelo país ajudou a trazer segurança para quem queria entrar no fiagro.

Para lembrar, a gestora atua hoje em três verticais de negócios: crédito, private equity e imobiliário, sempre voltada para ativos da cadeia do agro e de alimentos. O foco principal é ajudar a aproximar a "Faria Lima" do campo, traduzindo melhor a importância do agro para o mercado de capitais.

A captação atual é apenas um dos primeiros passos de onde a companhia pretende chegar. Criada há um ano e com a meta de atingir o primeiro bilhão sob gestão em 2023, a Kijani mostra que há apetite de sobra para trazer o agro para mais perto dos investidores.

 

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