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Juros voltam a cair, em linha com desvalorização cambial

O DI para janeiro de 2015 (364.220 contratos) indicava 11,05%, de 11,06% no ajuste de sexta-feira


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2014 (309.510 contratos) apontava 10,579%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2014 (309.510 contratos) apontava 10,579% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 17h13.

São Paulo - As taxas futuras de juros acompanharam o dólar e tiveram mais um pregão de baixa nesta semana de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Além da moeda dos EUA, a leitura é de que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante sua participação no G-20, não desautorizou em momento algum as apostas majoritárias do mercado de que a Selic subirá menos, em 0,25 ponto porcentual, no encontro que termina na quarta-feira, 26.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2014 (309.510 contratos) apontava 10,579%, ante 10,570% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2015 (364.220 contratos) indicava 11,05%, de 11,06% no ajuste de sexta-feira. No trecho longo e intermediário da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (213.795 contratos) tinha taxa de 12,16%, ante 12,22%. O DI para janeiro de 2021 (36.490 contratos) estava em 12,71%, ante 12,79% no ajuste anterior.

Na Austrália, antes de embarcar para o Brasil, Tombini reforçou o discurso otimista com relação ao País. Entre os argumentos que respaldariam a avaliação positiva, estão a queda do CDS do Brasil (operação financeira que funciona como um seguro contra o calote) e a menor volatilidade do mercado de câmbio.

Ontem, após a reunião das 20 maiores economias do mundo, Tombini disse que a entrada de dólares medida pelo fluxo cambial "está vindo forte" em fevereiro. No acumulado do primeiro bimestre de 2014, o Brasil já recebeu cerca de US$ 3 bilhões, informou.

Essa melhora de percepção também está refletida no discurso de alguns participantes do mercado. o economista-chefe do banco Bradesco, Octavio de Barros, afirmou hoje que até algumas semanas atrás acreditava na chance de rebaixamento do rating do Brasil por parte das agências de classificação de risco.


"Agora, acho que pode ser evitado", afirmou, durante palestra organizada pela Câmara de Comércio França-Brasil, na capital paulista. Segundo ele, a menor depreciação do real nas últimas semanas mostra que o rebaixamento está mais próximo de ser evitado. "O mercado também acha que isso (o rebaixamento) pode ser evitado", disse.

Assim, o dólar voltou a cair ante o real nesta segunda-feira, dando prosseguimento ao movimento iniciado na semana passada, após o anúncio da meta fiscal para 2014, e em linha com o comportamento da moeda em relação a outras divisas emergentes.

A moeda dos EUA no mercado à vista de balcão encerrou com baixa de 0,51%, cotado a R$ 2,3440.

Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou claro a economistas de instituições financeiras que é perfeitamente viável para o governo cumprir a meta de 1,9% do PIB de superávit primário para este ano.

Essa foi uma das mensagens que participantes do encontro revelaram ao Broadcast. Segundo eles, Mantega presenciou todo o encontro com cerca de 12 executivos, que durou pouco mais de 1h30, e teve um diálogo "franco" e "tranquilo" com os especialistas. Ao seu lado estava o secretário de Política Econômica, Márcio Holland.

E a presidente Dilma Rousseff mostrou afinação na equipe econômica. Ela reafirmou nesta segunda-feira, em Bruxelas, o compromisso com meta fiscal, câmbio flutuante e meta de inflação.

O compromisso com fundamentos macroeconômicos, segundo ela, é "especialmente" com a condição fiscal. "O controle da inflação e o equilíbrio das contas públicas são fundamentais", completou.

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