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Juros terminam perto da estabilidade

Sem notícias importantes no cenário doméstico, investidores puseram-se em compasso de espera pelos indicadores que ainda virão nos próximos dias


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (60.790 contratos) estava em 10,28%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (60.790 contratos) estava em 10,28% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 16h15.

São Paulo - Os juros futuros iniciaram a primeira semana "cheia" de 2014 com oscilação perto da estabilidade. Sem notícias importantes no cenário doméstico - além das previsões da pesquisa semanal Focus, do Banco Central (BC) -, os investidores puseram-se em compasso de espera pelos indicadores que ainda virão nos próximos dias, como a produção industrial de novembro e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechado de 2013.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (60.790 contratos) estava em 10,28%, de 10,27% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2015 (167.915 contratos) marcava 10,56%, de 10,54% do ajuste de sexta-feira, 3. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (85.030 contratos) apontava 12,33%, de 12,31%.

O DI para janeiro de 2021 (15.255 contratos) indicava taxa de 13,08%, ante 13,07% no ajuste anterior. O dólar à vista no balcão, que até teve algum efeito pontual sobre os juros, terminou a sessão estável, cotado a R$ 2,3770.

No cenário interno, o HSBC divulgou que o PMI de serviços do Brasil caiu para 51,7 em dezembro, de 52,3 em novembro. Isso levou o PMI composto, que também computa a atividade no setor industrial, a recuar para 51,7, de 51,8. Mais cedo, o BC divulgou a Focus, na qual os participantes do mercado reduziram suas estimativas para o crescimento do PIB este ano de 2,00% para 1,95%.

Mesmo assim, os dados mais aguardados da semana são a produção industrial, na quarta-feira, e o IPCA de dezembro e a primeira prévia do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) de janeiro, ambos na sexta-feira. Além disso, no cenário internacional, o payroll e a ata do Federal Reserve (Fed) serão conhecidos esta semana.

Enquanto isso, os investidores ainda digerem a fala do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que antecipou o resultado primário do governo central em 2013, com o objetivo de "baixar a ansiedade" do mercado diante do risco de um rebaixamento no rating do país.

Mantega disse que o primário deve ficar em torno de US$ 75 bilhões, acima da meta de R$ 73 bilhões. Perguntado, porém, sobre a meta de superávit para 2014, ele não respondeu se o objetivo será maior do que o estipulado para 2013, e isso causou certo desconforto entre os investidores.

Nesta segunda, a agência de classificação de risco Moody's divulgou um relatório afirmando que a perspectiva estável para o rating Baa2 do Brasil já leva em conta um cenário de baixo crescimento este ano. "Uma importante medida mostrando deterioração é a relação entre dívida e PIB, que tem subido para a marca de 60% e pode alcançar 62% em 2014", diz a agência.

Conforme afirmou em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o vice-presidente da agência, Mauro Leos, existem maiores chances de o Brasil manter o rating (nota) e a perspectiva "estável" em 2014. "Se os números da economia vierem em linha com as nossas projeções, então a perspectiva e o rating deverão ficar estáveis neste ano", afirmou.

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