Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa, em São Paulo: às 9h55, o contrato de DI para janeiro de 2015 foi a 11,19%, na máxima (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 11h02.
São Paulo - Cresce a expectativa pelo anúncio da meta para o superávit primário deste ano, cuja indefinição ganhou novos contornos na terça-feira, 18, depois de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cancelar sua a ida à reunião do G-20 para seguir nas discussões com a junta orçamentária, da qual faz parte a presidente da República, Dilma Rousseff, a partir das 9h30 desta quarta-feira, 19.
No exterior, o mau humor com as nações emergentes voltou em meio à preocupações com a China e antes da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, às 16 horas.
Nesse cenário de incertezas, o dólar abriu o dia em alta de 0,46%, a R$ 2,4040, passando à máxima, na sequência, de R$ 2,4100 (+0,71%) às 9h41. O avanço da moeda exerceu pressão sobre as taxas de juros durante a abertura dos negócios.
Mas o determinante será mesmo a definição do fiscal. O decreto sobre o contingenciamento ainda não está pronto e, por isso, ficou inviável a viagem de Mantega para a Austrália.
Às 9h55, o contrato de DI para janeiro de 2015 foi a 11,19%, na máxima, de 11,12% no ajuste de ontem. A taxa para janeiro de 2017 sobe para 12,59%, de 12,48% na véspera.
Há rescaldos ainda das importantes sinalizações emitidas ontem pelo presidente do Banco Central. Tombini adotou um tom mais ameno e afirmou que a alta de 325 pontos-base da Selic já mostra alguns resultados, além de citar que o IPCA caminha para a meta nos próximos trimestre.
A fala da autoridade ontem levou os investidores à aposta majoritária de que a Selic pode subir em ritmo menor (0,25 pp) na quarta-feira da semana que vem.
Vale destacar que a segunda prévia do IGP-M deste mês ficou em 0,24%, abaixo da taxa de 0,46% registrada em igual leitura de janeiro, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), abaixo do piso das estimativas (0,25% a 0,35%).