Bovespa: no fechamento da sessão regular, DI para abril de 2015 apontava 12,254% (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 16h31.
São Paulo - As taxas de juros futuras fecharam em alta pela quinta sessão seguida nesta terça-feira, 10, conduzidas pelo dólar e igualmente pelo pessimismo no âmbito doméstico.
Dados publicados pela manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o emprego na indústria avançou 0,4% na passagem de novembro para dezembro do ano passado.
Na série livre de influências sazonais, porém, acumulou uma queda de 3,2% em 2014.
Os dados corroboraram indicadores anunciados recentemente que apontaram a deterioração econômica no país.
A piora dos indicadores domésticos, a falta de sinalização sobre o balanço da Petrobras e as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre o câmbio feitas no fim do mês passado continuam a minar o apetite por risco dos investidores no Brasil.
As taxas dos juros de contratos com vencimento mais longo desaceleraram a alta durante a tarde, enquanto os mais curtos ampliaram o avanço, reagindo a comentários do indicado à Diretoria de Política Econômica do BC, Luiz Awazu, que participou da reunião do G20, em Istambul, na Turquia.
Awazu fez um diagnóstico pessimista sobre a trajetória da inflação no Brasil e comentou que o país vive atualmente o ajuste de dois importantes preços da economia: do câmbio e das tarifas públicas.
"Sabemos que esse processo está em curso na primeira parte do ano. O fundamental é que a política monetária trabalhe e mantenha-se especialmente vigilante para garantir que as pressões de curto prazo não se propaguem para os horizontes mais longos", disse.
Segundo ele, "os ajustes de preços relativos têm de ser reais e efetivos. Para isso, a política monetária tem de trabalhar focada no objetivo de trazer a inflação à meta de 4,5% em dezembro de 2016".
No fechamento da sessão regular da BM&F Bovespa, o DI para abril de 2015 (237.295 contratos) apontava 12,254%, ante 12,333% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2016 (286.565 contratos) indicava 13,00%, de 12,88%.
O DI para janeiro de 2017 (463.260 contratos) tinha taxa de 12,92%, ante 12,79%.
O DI para janeiro de 2021 (183.570 contratos) projetava 12,56%, de 12,51% no ajuste da véspera.