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Juros sobem e indicam ciclo de afrouxamento menor

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 subia para a máxima de 8,07%, de 7,87% no ajuste

O mercado já se mostra disposto a encurtar o ciclo de afrouxamento precificado, dividido em relação à intensidade do corte subsequente: se 0,25 pp ou 0,50 pp (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

O mercado já se mostra disposto a encurtar o ciclo de afrouxamento precificado, dividido em relação à intensidade do corte subsequente: se 0,25 pp ou 0,50 pp (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2012 às 17h11.

São Paulo - Os investidores em juros futuros incorporaram, mais uma vez, prêmios ao longo de toda a curva a termos de juros futuros. Com isso, além de centrar praticamente 100% das apostas em uma redução de 0,5 ponto porcentual da Selic no dia 30, em linha com a parcimônia pregada pelo Copom na ata da última reunião, o mercado já se mostra disposto a encurtar o ciclo de afrouxamento precificado, dividido em relação à intensidade do corte subsequente: se 0,25 pp ou 0,50 pp. Já há, inclusive, quem cite a possibilidade de o BC encerrar as reduções após o próximo encontro.

Como os indicadores de atividade lá fora seguem frágeis e a leve queda do desemprego por aqui não justificaria isoladamente o tamanho do avanço das taxas, operadores dizem que há fatores técnicos por trás do movimento das taxas, que tiveram giro significativo. Mesmo porque, na semana passada houve forte recuo, que se reverte em alta de igual intensidade agora.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (1.040.135 contratos) subia para a máxima de 8,07%, de 7,87% no ajuste. O DI janeiro de 2014, com giro de 797.550 contratos, estava em 8,62%, de 8,34% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (72.200 contratos) indicava 9,92%, de 9,76% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (10.050 contratos) saltava para 10,44%, de 10,29% ontem.


Entre os indicadores domésticos, o mais relevante foi o de emprego. De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,0% em abril, de 6,2% em março. A melhora da taxa, porém, foi acompanhada por uma queda no rendimento médio do trabalhador para R$ 1.719,50, 1,2% abaixo da medição anterior. A massa de renda real habitual dos trabalhadores ocupados no País totalizou R$ 39,4 bilhões em abril, uma queda de 0,9% em relação a março.

Também por aqui, o BC fez outro leilão de swap cambial e, mais uma vez, o mercado absorveu menos de um terço da oferta de US$ 2 bilhões. Nesse ambiente, o dólar caiu 0,34%, a R$ 2,0360 no balcão.

Lá fora, parte dos investidores sustenta-se apenas em esperanças de que a piora da situação econômica fará com que as autoridades tomem medidas de estímulo ao crescimento. E se depender dos dados desta quinta-feira, medidas são mesmo necessárias. A atividade privada na zona do euro teve a maior contração em quase três anos em maio, de acordo com o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto, que caiu de 46,7 em abril para 45,9 em maio. Outro dado ruim veio da China. O PMI chinês, medido pelo HSBC, cedeu para 48,7 em maio comparado com a leitura final de 49,3 em abril.

Entre os indicadores norte-americanos, foi informado que o número de trabalhadores que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 2 mil, ante expectativa de estabilidade. As encomendas de bens duráveis nos EUA subiram 0,2% em abril, enquanto os economistas previam queda de 0,3%. Por outro lado, o PMI preliminar dos EUA caiu para 53,9 em maio, ante 56,0 em abril.

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