Prédio da Bovespa, em São Paulo: a taxa do contrato de DI para janeiro de 2015 marcava 10,94%, de 10,92% no ajuste de sexta-feira, 17 (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 10h22.
São Paulo - A pesquisa Focus realizada pelo Banco central não trouxe fortes ajustes, com os analistas esperando pela divulgação da ata da última reunião do Copom, na quinta-feira, para acertar suas projeções à frente. A agenda doméstica tem ainda o IPCA-15 de janeiro no mesmo dia.
Assim, os juros futuros oscilam com viés de alta, à espera da ata e com a participação dos estrangeiros limitada pelo feriado nos Estados Unidos (EUA) em homenagem à Martin Luther King. A taxa do contrato de DI para janeiro de 2015 marcava 10,94%, de 10,92% no ajuste de sexta-feira, 17.
A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2014 subiu de 6,00% para 6,01%. Para o PIB, a Focus projeta expansão maior em 2014 e 2015. Para este ano, o crescimento esperado subiu de 1,99% para 2,00% e, para o ano que vem, avançou de 2,48% para 2,50%.
Nesta segunda-feira, 20, a presidente Dilma Rousseff reiterou seu "compromisso com a manutenção dos fundamentos econômicos sólidos", reforçando discurso que vem repetindo nos últimos meses na tentativa de reconstruir a confiança dos mercados e dias antes de embarcar para o Fórum Econômico Mundial, em Davos.
"Temos feito esforço enorme para manter inflação no menor nível possível. Temos feito esforço grande para fazer a inflação convergir para centro da meta. Ficamos dentro dos intervalos da meta de inflação pelo décimo ano seguido", disse em entrevista para rádios de Minas Gerais.
Dilma confirmou ainda o superávit primário de 2013 de R$ 75 bilhões, antecipado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ainda fez um alerta para que Estados e municípios participem do esforço fiscal. "Não é só a União que é responsável (pelo superávit primário)".