Bovespa: no fim do pregão regular, contrato de DI com vencimento em julho de 2015 tinha taxa de 12,06% (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2014 às 16h18.
São Paulo - As taxas de juros futuras fecharam a sessão desta terça-feira, 11, em alta, impulsionadas pela notícia de que o governo enviou ao Congresso Nacional um projeto que pode retirar o limite para abatimentos no resultado fiscal e pelo avanço do dólar em relação ao real.
A valorização do dólar refletiu as incertezas com o futuro da política econômica.
Tanto os juros futuros quanto o dólar operaram com giro de negócios bastante reduzido, devido ao feriado nos EUA, que manteve os mercados de Treasuries fechados.
O projeto do governo prevê alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Se aprovado, ele dará grande flexibilidade na administração da meta de superávit primário das contas do setor público, uma vez que acaba com o limite fixo de R$ 67 bilhões para o abatimento das desonerações tributárias e os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ou dá a chance de o governo abater da meta todo o volume de investimentos do PAC e de desonerações que for feito até o final do ano.
O Ministério do Planejamento, no entanto, afirmou, por meio de nota, que, apesar da mudança, o governo está comprometido a realizar o máximo de superávit primário e, ao mesmo tempo, garantir a execução de investimentos prioritários.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), escolhido para ser o relator da proposta, afirmou nesta tarde que não vai mudar o projeto e que, para acelerar sua tramitação, apresentará o texto amanhã, 12, na Comissão Mista de Orçamento (CMO).
A notícia sobre o envio do projeto levou as taxas de juros futuras a acelerarem a alta no fim da manhã.
O avanço na curva já era visto desde a abertura, já que as taxas se alinharam à valorização do dólar.
No mercado de câmbio no balcão, o dólar à vista fechou cotado a R$ 2,5630 (-0,31%).
No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2015 (14.260 contratos) tinha taxa de 12,06%, na máxima, de 12,03% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2016 (75.990 contratos) registrava taxa de 12,45%, na máxima, ante 12,39%.
O DI para janeiro de 2017 (64.170 contratos) indicava 12,71%, na máxima, ante 12,61% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2021 (51.465 contratos) tinha taxa de 12,61%, ante 12,45% no ajuste anterior.