Operadores na Bovespa: taxas acabaram terminando a sessão regular em alta (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2014 às 16h33.
São Paulo - A demora do governo em anunciar sua nova equipe econômica está criando um ambiente de volatilidade nos mercados e foi responsável pelo movimento nos juros nesta quarta-feira, 12.
Hoje, um boato de que Henrique Meirelles seria o preferido para a vaga de Guido Mantega na Fazenda fez com que os contratos mais longos de juros virassem para baixo.
O movimento, no entanto, não se sustentou e as taxas acabaram terminando a sessão regular em alta.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para julho de 2015 (32.775 contratos) estava em 12,08%, de 12,06% no ajuste anterior.
O juro para janeiro de 2016 (125.045 contratos) indicava 12,49%, de 12,45% na véspera.
O DI para janeiro de 2017 (110.520 contratos) apontava 12,77%, na máxima, de 12,71% no ajuste anterior.
E o DI para janeiro de 2021 (52.225 contratos) fechou na máxima, com taxa de 12,67%, de 12,61% ontem.
Apesar das especulações sobre o substituto de Mantega, as incertezas em relação às diretrizes econômicas prevaleceram, fazendo com que as taxas futuras terminassem o pregão em alta, a despeito da queda do dólar e dos yields dos Treasuries.
Também permeou os negócios a decisão do governo de mudar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para acomodar o não cumprimento da meta de superávit primário deste ano.
Nesta tarde, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovou o relatório preliminar da LDO de 2015, abrindo dessa forma o prazo regimental para a apresentação de emendas ao projeto.
Nos próximos dias, continuará em destaque a especulação sobre a equipe econômica, o que deve movimentar os negócios nos juros.
Hoje, poucos dados foram conhecidos, entre eles o emprego na indústria, que caiu 0,7% na passagem de agosto para setembro, na série livre de influências sazonais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).