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Juros oscilam pouco, atentos aos EUA e à espera da ata

Os contratos longos terminaram em leve alta nesta terça-feira, 15, sustentados pelo avanço dos juros dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (212.605 contratos) marcava 9,535%
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (212.605 contratos) marcava 9,535% (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 17h06.

São Paulo - Os investidores em juros seguiram à espera da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e nem mesmo o crescimento acima do previsto das vendas do varejo em agosto foi suficiente para tirar as taxas mais curtas de perto da estabilidade.

Os contratos longos, por sua vez, terminaram em leve alta nesta terça-feira, 15, sustentados pelo avanço dos juros dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, os chamados Treasuries, devido à expectativa de que haja um acordo para o impasse fiscal norte-americano.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (212.605 contratos) marcava 9,535%, de 9,533% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (271.590 contratos) indicava taxa de 10,36%, de 10,38% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (105.860 contratos) apontava 11,28%, ante 11,26%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 2.190 contratos) estava em 11,78%, ante 11,76% no ajuste anterior.

Segundo o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, o mercado de juros está à espera de novos indicadores.

"As taxas de juros curtas ensaiaram uma alta mais cedo depois dos dados do varejo, mas voltaram para o patamar em que estavam antes dos dados, porque amanhã tem divulgação do IBC-Br", explicou em referência ao indicador do Banco Central, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro a ser conhecido na quarta-feira, 16. Em julho, o IBC-Br caiu 0,33% ante junho.

"Já os juros mais longos inverteram a queda observada na semana passada e estão em alta por causa da expectativa sobre o um acordo que está sendo costurado para resolver a paralisação do governo americano", continuou.

Pela manhã, os juros mais curtos reagiram em alta ao resultado das vendas varejistas, mas voltaram a perder força à medida que os investidores deram mais peso também à ata do Copom, que será conhecida na quinta, 17.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo no conceito restrito mostrou alta de 0,9% em agosto ante julho, no teto das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, e elevação de 6,2% na comparação com igual mês de 2012, acima do teto das previsões (5,90%).

Nos EUA, os republicanos da Câmara dos Representantes apresentaram mais cedo uma proposta alternativa semelhante à do Senado, mas com alterações que desagradaram ao governo Barack Obama.

Em comunicado, a Casa Branca rejeitou a proposta, afirmando que era uma tentativa de agradar à ala mais radical do partido, a Tea Party. As Bolsas norte-americanas reagiram em queda ao quadro, mas a esperança em um acordo continuou fazendo subir os juros dos Treasuries. A taxa do T-note para 10 anos valia 2,730% às 16h30 (horário de Brasília), de anteriores 2,688%.

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