Bolsas: o cenário político nacional continuou a ser monitorado de perto, gerando momentos de estresse e volatilidade dos ativos (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2015 às 18h02.
São Paulo - O mercado futuro de juros acompanhou a tendência do dólar e as taxas terminaram esta quinta-feira, 13, em alta, após três sessões seguidas de queda. Pesou nas ações dos investidores a cautela diante do mercado externo e do cenário político doméstico conturbado.
A desvalorização do iuane chinês pela terceira sessão consecutiva voltou a pressionar para baixo as moedas de países emergentes e exportadores de commodities ao redor do mundo. Com isso, o dólar já iniciou o dia em alta no Brasil, o que influenciou o mercado futuro de juros.
O cenário político nacional continuou a ser monitorado de perto, gerando momentos de estresse e volatilidade dos ativos. Pela manhã, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou o julgamento de um recurso apresentado pelo PSDB contra a rejeição de uma ação que pedia a impugnação do mandato da presidente Dilma Rousseff.
As taxas atingiram as máximas do dia com a notícia de que dois ministros (Gilmar Mendes e João Otávio de Noronha) votaram a favor da análise do recurso, que havia sido arquivado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura.
A sessão de votações foi interrompida depois de um pedido de vista (mais tempo para decidir) do ministro José Fux, o que trouxe um alento ao mercado.
Também estiveram no radar a nova fase da Operação Lava Jato e as movimentações do Palácio do Planalto em busca do fortalecimento da governabilidade.
Nos últimos dias, as taxas de juros vinham recuando com a percepção dos investidores de que as recentes altas do dólar não teriam impacto na política monetária do Banco Central.
Segundo operadores, após três sessões consecutivas de baixa, o mercado hoje encontrou espaço para correção, apoiado principalmente na alta do dólar.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,235%, ante 14,235% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2017 indicava 13,93%, contra 13,87%. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 fechou com 13,44%, frente aos 13,39% do ajuste anterior.