Bovespa: DI para janeiro de 2015 terminou a sessão regular em 10,82% (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2014 às 14h52.
São Paulo - O mercado de juros teve a reação mais volátil aos recentes levantamentos de intenção de votos para a Presidência da República nesta quarta-feira, 27.
Depois de dois dias em queda antecipando o que viria nas pesquisas, hoje as taxas trabalharam a maior parte do dia realizando lucros, em alta, movimento que se aprofundou no meio da tarde, quando o dólar diminuiu momentaneamente as perdas que vinha registrando mais cedo.
Mas, no final da sessão regular, as taxas de juros mudaram de trajetória e voltaram a exibir viés de baixa.
O DI para janeiro de 2015 (201.900 contratos) terminou a sessão regular em 10,82%, de 10,81% ontem. O DI para janeiro de 2016 (225.585 contratos) terminou em 11,29%, de 11,26% ontem.
O DI para janeiro de 2017 (368.640 contratos) registrou 11,30%, de 11,34% ontem, enquanto o DI para janeiro de 2021 (171.240 contratos) encerrou em 11,22%, de 11,38% no ajuste anterior.
A inversão no final da sessão regular foi motivada por um movimento do "pessoal do giro", nada mais do que investidores devolvendo as posições tomadas ao longo de todo o pregão.
Com isso, pela primeira vez desde 2011, a taxa do DI para janeiro de 2021 ficou abaixo do juro para janeiro de 2017, com esse trecho da curva apresentando inclinação negativa.
Antes, os investidores vinham reincorporando prêmios, depois da queda recente e após ter conhecimento dos dados dos levantamentos eleitorais.
O Ibope trouxe ontem que a presidente Dilma Rousseff (PT) obteve 34% das intenções de voto ante 29% de Marina Silva e 19% de Aécio Neves. Num segundo turno, Marina bate Dilma com 45% a 36%. Contra
Aécio Neves (PSDB), Dilma teria 41% das intenções de voto contra 35% do tucano.
Hoje, o levantamento CNT/MDA mostrou que Dilma tem 34,2% das intenções de voto, Marina, 28,2%, e Aécio, 16%.
No confronto do segundo turno, Marina vence Dilma por 43,7% contra 37,8%. Numa disputa entre Dilma e Aécio, a presidente se reelege com 43% e o tucano soma
33,3%. Numa disputa entre Marina e Aécio, a candidata do PSB registra 48,9% e Aécio, 25,2%.