Bovespa: DI para janeiro de 2015 (164.365 contratos) apontava 10,91% (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2014 às 17h18.
São Paulo - Os juros futuros apresentaram altas consistentes nesta terça-feira, 27, especialmente na ponta longa, acompanhando a valorização do dólar e com um movimento de correção, após as quedas recentes.
Por outro lado, dados de inflação no piso das projeções e a retração nos yields dos Treasuries impediram ganhos maiores.
Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (60.970 contratos) marcava 10,849%, de 10,829% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2015 (164.365 contratos) apontava 10,91%, de 10,90% no ajuste da véspera.
O DI para janeiro de 2017 (183.295 contratos) indicava 11,89%, de 11,81%. E o DI para janeiro de 2021 (31.450 contratos) tinha taxa de 12,30%, ante 12,19%.
O dólar à vista no balcão subiu 0,76% hoje, a R$ 2,2410.
Esse movimento impulsionou as taxas aqui, a despeito da queda, à tarde, dos yields dos Treasuries. Apesar dos dados positivos nos EUA, que tenderiam a reduzir os preços das T-notes (com consequente movimento inverso dos juros), traders apontam que gestores de fundos estão comprando forte hoje, em meio ao ajuste de carteira do fim do mês.
Às 16h30, o juro da T-note de 10 anos estava em 2,519%, de 2,536% no fim da tarde de sexta-feira.
No noticiário local, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,36% na terceira quadrissemana de maio, o que representa uma desaceleração ante a segunda leitura do mês, quando avançou 0,42%.
O resultado ficou no piso do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de 0,36% a 0,41%, e abaixo da mediana de 0,39%.
Com o resultado, a inflação na cidade de São Paulo deve fechar maio com taxa inferior à prevista inicialmente pela Fipe, com o IPC encerrando com alta de 0,35%, ante previsão anterior de +0,40%.
O relatório do Tesouro sobre a dívida pública federal não fez muito preço. A dívida teve queda de 1,35% em abril ante março e atingiu R$ 2,052 trilhões.
Já a participação dos estrangeiros aumentou para 18,79%, um novo recorde.