Bovespa: no fim da sessão, contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em abril de 2015 projetava 12,300% (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 16h29.
São Paulo - O mês de fevereiro começou com cautela nos mercados de câmbio e juros domésticos.
O dólar cravou nesta segunda-feira, 2, sua quarta sessão consecutiva de alta ante o real, apesar do movimento contrário visto no exterior, e puxou para cima os juros futuros, em meio às preocupações com a economia brasileira.
O dólar à vista no balcão encerrou a R$ 2,713 (+1,04%), maior patamar desde 5 de janeiro (R$ 2,7160), com ganho de 5,52% acumulado em quatro sessões.
No encerramento da sessão da BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 projetava 12,300%, ante 12,276% no ajuste de sexta-feira, com 82.905 contratos.
O DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 12,85%, ante 12,75%, com 256.365 contratos.
O DI para janeiro de 2017 (174.795 contratos) subia a 12,62%, ante 12,47%.
O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2021 tinha taxa de 12,12%, de 11,89% no ajuste anterior, e 80.675 contratos.
A moeda americana começou o dia em baixa ante o real, mas ainda na etapa matutina inverteu para alta, já que o movimento de ajuste não resistiu às preocupações com o cenário doméstico, repleto de riscos que vão do racionamento de energia e retração do PIB em 2015 à eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a Câmara dos Deputados.
No mercado de juros, as taxas subiram em toda a curva a termo.
Segundo operadores, o mercado está desconfortável em se expor ao risco prefixado diante de uma inflação em 12 meses que deve começar a rodar acima dos 7%, ao mesmo tempo em que a atividade corre o risco de ficar estagnada este ano.