Bovespa: permaneceu ainda a expectativa antes das próximas pesquisas eleitorais (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2014 às 17h55.
São Paulo - As taxas dos contratos futuros de juros pegaram carona nesta segunda-feira, 14, na queda do dólar ante o real, a despeito do avanço dos yields (retornos) dos Treasuries (títulos do Tesouro americano), para terminar o dia com leves perdas.
Em um ambiente de liquidez baixa e de expectativa antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre amanhã e na quarta-feira, os investidores pouco alteraram suas posições na renda fixa.
Hoje, permaneceu ainda a expectativa antes das próximas pesquisas eleitorais, a serem divulgadas ainda esta semana.
Tudo porque o mercado acredita que a presidente Dilma Rousseff seja prejudicada na corrida eleitoral pelo vexame da seleção brasileira na Copa do Mundo.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI para janeiro de 2015 (26.985 contratos) apontava 10,77%, de 10,78% no ajuste anterior.
Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2016 (55.095 contratos) marcava 11,09%, de 11,12% no ajuste de sexta-feira.
O DI para janeiro de 2017 (79.490 contratos) indicava 11,40%, de 11,46% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (17.870 contratos) mostrava taxa de 11,87%, ante 11,96% na sexta-feira.
De acordo com um operador, os investidores têm apenas monitorado os indicadores nos últimos dias, sem encontrar alguma novidade que justifique uma mudança de perspectiva: Selic estável, inflação perto do teto da meta e atividade fraca.
"A verdade é que não temos nada de diferente no cenário macroeconômico, por enquanto, que justifique uma tendência mais firme de baixa ou alta das taxas de juros domésticas", afirmou.
O dólar - principal motivo para o recuo das taxas futuras hoje - terminou a sessão à vista de balcão com queda de 0,41%, a R$ 2,2130.