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Juros futuros reduzem queda após resultado fiscal

Taxas de juros registraram queda durante grande parte da sessão após comunicado da reunião do Copom retirar frase que apareceu em quatro documentos anteriores


	Bovespa: no fim do pregão regular, o contrato do juro para abril de 2014 (216.050 pontos) apontava 10,05%, de 10,10% na véspera
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Bovespa: no fim do pregão regular, o contrato do juro para abril de 2014 (216.050 pontos) apontava 10,05%, de 10,10% na véspera (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 16h50.

São Paulo - Os contratos de juros futuros fecharam a sessão desta quinta-feira, 28, em direções divergentes, em meio ao fraco resultado fiscal do governo central e ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgado na quarta que desencadeou expectativas de um alívio no ritmo de alta dos juros em 2014.

As taxas de juros registraram queda forte durante grande parte da sessão após o comunicado da reunião do Copom retirar a frase que apareceu nos quatro documentos anteriores, na qual dizia que o aperto monetário "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano".

Além disso, o BC chamou a atenção para o fato de ter iniciado o aperto monetário em abril de 2013, passando a ideia de que o ciclo já é longevo.

A mudança levou o mercado a se ajustar para a possibilidade de uma redução do ritmo de aperto monetário em janeiro e a proximidade do fim do atual ciclo. As expectativas dos analistas estão agora divididas entre uma elevação de 0,50 e 0,25 ponto porcentual para o primeiro mês do ano que vem.

Ontem, a autoridade monetária elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 10%, e, até então, o mercado precificava uma nova alta dessa magnitude em janeiro.

O declínio das taxas perdeu força à tarde, após o Tesouro Nacional anunciar o resultado das contas do governo central em outubro. Segundo a instituição, o governo teve superávit primário de R$ 5,436 bilhões no mês passado, o número mais baixo para o mês desde 2004, quando foi de R$ 4,471 bilhões. Em setembro, o déficit foi de R$ 10,473 bilhões.

Os números levaram o contrato do juro para janeiro de 2021 para a máxima na sessão, de 12,73%, ante 12,66% minutos antes do anúncio do resultado fiscal.

No fim do pregão regular, o contrato do juro para abril de 2014 (216.050 pontos) apontava 10,05%, de 10,10% na véspera. O juro para janeiro de 2015 (740.305 contratos), indicava 10,63%, ante 10,82% no ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2017 (288.400 contratos) estava em 12,07%, ante 12,19% na véspera. A taxa para janeiro de 2021 (49.910 contratos) subiu 12,70%, de 12,67%.

Com tudo isso, os indicadores desta quinta acabaram em segundo plano. Logo cedo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,29% em novembro, ante 0,86% em outubro e abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções (+0,32%).

O Banco Central também informou que o estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,5% em outubro ante setembro e chegou a R$ 2,610 trilhões. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou que o mercado de crédito manteve-se em expansão em outubro, mas com moderação no crescimento no mês.

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