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Juros futuros recuam em meio à especulação eleitoral

Na ponta longa da curva a termo, os juros cederam mais, conduzidos ainda pelo recuo dos yields dos títulos americanos


	Bovespa: no fim da sessão regular, taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,80%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: no fim da sessão regular, taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,80% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 17h29.

São Paulo - Apesar do avanço do dólar ante o real, o mercado brasileiro de renda fixa mostrou autonomia nesta segunda-feira, 25.

As taxas dos contratos futuros de juros recuaram influenciadas pela especulação eleitoral, pela expectativa antes da divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e pelo recuo dos yields (retornos) dos Treasuries.

No caso da eleição, a leitura de que Marina Silva (PSB) ou Aécio Neves (PSDB) podem derrotar Dilma Rousseff (PT) em um eventual segundo turno - já dado como certo por muitos investidores - trouxe um viés de baixa para os juros dos DIs, em meio à percepção de que, com a derrota da situação, a economia brasileira pode melhorar.

E como na próxima sexta-feira saem os dados do PIB do segundo trimestre, que devem ser ruins, houve um reforço nesta pressão de queda das taxas.

Na ponta longa da curva a termo, os juros cederam mais, conduzidos ainda pelo recuo dos yields dos títulos americanos.

No fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2015 (57.125 contratos) marcava 10,80%, ante 10,81% ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2016 (129.615 contratos) indicava 11,25%, de 11,27% na sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 (237.360 contratos) apontava 11,37%, de 11,41% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (108.710 contratos) tinha taxa de 11,47%, de 11,57% na sexta-feira.

Em Nova York, o juro do T-Note de 10 anos estava em 2,387%, ante 2,400% de sexta-feira, enquanto o T-Bond de 30 anos marcava 3,137%, ante 3,156%.

No Brasil, pela manhã, o Banco Central divulgou mais um boletim Focus com as projeções do mercado financeiro para a economia.

Nele, a mediana para o crescimento do PIB em 2014 passou de 0,79% para 0,70%.

Para o ano que vem, seguiu em 1,20%. No caso do IPCA, o índice projetado para 2014 foi de 6,25% para 6,27% e, para 2015, de 6,25% para 6,28%.

A Selic prevista para o fim deste ano permaneceu em 11,00% - como, aliás, vem precificando a curva a termo.

Para o fim do ano que vem, a Selic projetada subiu de 11,75% para 12,00%. A despeito destas mudanças de perspectiva com a inflação e a Selic, as taxas futuras hoje sustentaram-se em queda.

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