Bolsa de Valores: entre os vetores para o alívio no câmbio local e das taxas futuras estão as afirmações da presidente Dilma Rousseff sobre o ministro Joaquim Levy (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2015 às 16h43.
São Paulo - Os juros futuros começaram a semana devolvendo prêmios na curva a termo, em movimento de ajuste à alta da sessão anterior favorecido pela queda do dólar.
Mas as taxas recuaram sem respaldo de um volume firme de negócios, com os investidores ressentidos da ausência de eventos e indicadores relevantes na agenda aqui e no exterior.
Ao término da sessão regular desta segunda-feira, 16, na BM&FBovespa, o DI janeiro de 2017 marcava 15,52%, de 15,58% no ajuste anterior; o DI janeiro de 2019 recuava de 15,79% para 15,77%; e o DI janeiro de 2021 estava em 15,57%, de 15,61%% no ajuste de sexta-feira.
O dólar continuou servindo de bússola para as taxas de juros. A moeda operou predominantemente em baixa ao longo da sessão, descolada da tendência externa de alta provocada pelos temores em reação aos impactos dos atentados em Paris.
Entre os vetores para o alívio no câmbio local e das taxas futuras estão as afirmações da presidente Dilma Rousseff sobre o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, após as especulações recentes de que este deixaria o cargo.
Após a participação na reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo, na Turquia, Dilma reafirmou que Joaquim Levy "fica onde está" e classificou os rumores sobre a permanência dele do governo como "nocivos".
"Eu considero o ministro Levy sobretudo um grande servidor público. Ele tem compromisso com o País, com a estabilidade do País", disse.
Além disso, operadores comentaram que o mercado de juros devolveu hoje parte dos prêmios que haviam sido embutidos nos contratos na sexta-feira, após a dissipação dos rumores de que o diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Otaviano Canuto, poderia assumir o lugar de Levy.
No meio da tarde, a queda das taxas chegou a perder força, em linha com a piora do dólar, após comentários da diretora de rating soberanos para a América Latina da Fitch, Shelly Shetty.
Segundo ela, o déficit do governo brasileiro deve continuar alto e a dívida bruta vai bater em 70% em 2016. Além disso, a revisão de ratings do País pode ocorrer antes de período previsto nas regras, de 12 a 18 meses.
Contudo, os juros voltaram a cair sob a percepção de que as afirmações da executiva não são exatamente uma novidade para o mercado.
No câmbio, o dólar à vista operava em baixa de 0,63%, na mínima, a R$ 3,8157, perto das 16h30, e o dólar futuro para dezembro recuava 0,84%, a R$ 3,834.