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Juros futuros fecham perto de ajuste em sessão de giro fraco

Segundo operadores, o volume de negócios foi extremamente reduzido e, com isso, alguns investidores aproveitaram para ajustar posições


	Bovespa: contrato de depósito interfinanceiro para abril de 2015 projetava taxa de 12,220% no término da sessão
 (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: contrato de depósito interfinanceiro para abril de 2015 projetava taxa de 12,220% no término da sessão (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 16h12.

São Paulo - As taxas futuras de juros fecharam perto dos ajustes nesta sexta-feira pós Natal, especialmente na ponta curta.

Segundo operadores ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o volume de negócios foi extremamente reduzido e, com isso, alguns investidores aproveitaram para ajustar posições.

Mesmo assim, não é possível inferir muita coisa do comportamento das taxas hoje.

Os vencimentos mais longos tiveram leve queda, acompanhando a desvalorização do dólar e a retração nos yields dos títulos americados (treasuries), que haviam subido bastante nos últimos pregões.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro para abril de 2015 (84.775 contratos) projetava taxa de 12,220%, ante 12,200% no ajuste de terça-feira.

O DI para janeiro de 2016 (32.945 contratos) apontava 12,95%, de 12,92%. O DI para janeiro de 2017 (37.605 contratos) mostrava 12,93%, de 12,88%.E o DI para janeiro de 2021 (9.820 contratos) indicava 12,35%, de 12,37%.

Nos EUA, o yield da T-note de 10 anos estava em 2,509% por volta das 15h25, de 2,266% no fim da tarde de quarta-feira. O dólar à vista no balcão caía 0,63%, a R$ 2,6780.

Com os mercados fechados na Europa em função do feriado do Boxing Day e uma agenda completamente vazia aqui e nos EUA, o giro foi muito baixo.

No momento, a estrutura a termo da curva de juros continua precificando quase 90% de chance de alta de 0,75 ponto porcentual da Selic em janeiro, mas analistas apontam que há muito prêmio para ser tirado e são poucos os que acreditam em uma nova mudança no ritmo do aperto monetário promovido pelo Banco Central, que este mês elevou os juros básicos em 0,5 pp.

Participantes do mercado afirmam que o volume de negócios deve continuar baixo na próxima semana e que mudanças mais significativas nos DIs só devem ocorrer no começo de janeiro, quando a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff começar a anunciar as medidas de ajuste fiscal.

Além disso, há expectativa em torno das novas condições do programa de swap cambial do BC, que valerão a partir de janeiro.

Nos Treasuries, os juros recuam hoje depois de subirem forte nos últimos dias, impulsionados pela terceira e última revisão do PIB dos EUA no terceiro trimestre, que mostrou a maior economia do mundo crescendo à taxa anualizada de 5%, o ritmo mais forte em 11 anos.

Hoje, o presidente do Federal Reserve de Richmond, Jeffrey Lacker, disse que é "muito provável" que o BC norte-americano comece a elevar as taxas básicas de juros no próximo ano, mas não uma "certeza".

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