Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril (88.375 contratos) de 2014 marcava 10,580% (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 16h30.
São Paulo - Os juros futuros encerram o pregão com leve alta, desacelerando os ganhos no meio da tarde, influenciados pelo comportamento do dólar - que zerou sua alta - e com relatos de que o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, teria dito hoje que não há razão para acelerar o ritmo de aperto monetário em função da atual turbulência nos países emergentes.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril (88.375 contratos) de 2014 marcava 10,580%, de 10,590% no ajuste de ontem. A taxa do DI (721.145 contratos) para janeiro de 2015 estava em 11,69%, ante 11,63% no ajuste da véspera.
O DI para janeiro de 2017 (290.865 contratos) apontava 13,00%, de 12,93% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 (40.345 contratos) apontava 13,42%, de 13,31% ontem.
Comentários hoje dão conta de que Hamilton teria dito, em encontro com representantes do mercado financeiro em São Paulo, que no entendimento da autoridade monetária não há razão para acelerar o ritmo de aperto monetário.
Conforme noticiou ontem o Broadcast, economistas de grandes bancos se reuniram nesta quinta-feira em Brasília com a equipe econômica, e uma fonte que participou do encontro confirmou que em nada foi mudado no cenário de juros com o qual o BC vinha trabalhando.
"O quadro econômico dos últimos dias realmente era de alta para as taxas e o mercado vinha nesse ritmo, com certo exagero devido às ordens de 'stop loss' que iam sendo desencadeadas a cada novo patamar alcançado pelos juros. Hoje estávamos nesse mesmo ritmo, até que chegou às mesas os comentários que o Hamilton teria feito em encontro com economistas", afirmou um operador.
Mais cedo, o BC divulgou que o setor público consolidado apresentou superávit primário de R$ 91,306 bilhões em 2013, o que representa 1,90% do PIB.
O valor foi o menor desde 2009, quando o saldo positivo foi de R$ 64,8 bilhões, e o porcentual, o menor da série histórica, iniciada em dezembro de 2001. Em 2012, houve superávit de R$ 104,951 bilhões (2,39% do PIB).