O contrato de Depósito Financeiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 apontava, às 11h20, 10,34%, máxima do dia até então, ante 10,23% no ajuste de ontem (REUTERS/Nacho Doce)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2013 às 11h55.
São Paulo - Após abrir em ligeira baixa nesta quarta-feira, em reação ao aumento do desemprego no Brasil, os juros futuros passaram a subir. A alta é mais acentuada entre as taxas de longo prazo e sustentada pela valorização do dólar ante o real.
"A reação à da taxa de desemprego foi fazer um ajuste de baixa", disse o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Carlos Fernando Vieira. "Mas a elevação do dólar favorece alta", acrescentou, lembrando que os contratos de juros de longo prazo são mais sensíveis à variação cambial.
A taxa de desemprego subiu para 6% em junho, de 5,8% em maio e 5,9% em junho de 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou perto do teto do intervalo de estimativas dos analistas do mercado financeiro, que iam de 5,60% a 6,10%, de acordo com levantamento AE Projeções.
O dólar à vista no balcão, por sua vez, subia 0,58%, para R$ 2,237, às 11h15. Segundo um operador, o mercado de câmbio no Brasil reflete o movimento do dólar no exterior ante a maioria das moedas ligadas a commodities, depois de um dado fraco de atividade econômica da China.
Trata-se do índice de gerentes de compras (PMI) composto chinês, medido pelo HSBC, que alcançou o nível mais baixo em 11 meses, a 47,7, de acordo com leitura preliminar.
O contrato de Depósito Financeiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 apontava, às 11h20, 10,34%, máxima do dia até então, ante 10,23% no ajuste de ontem. O DI com vencimento em janeiro de 2015 marcava 9,31%, de 9,28%. Entre os contratos de juros com vencimento no curto prazo, o DI para janeiro de 2014 indicava 8,75%, ante 8,74% no ajuste anterior.