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Juros futuros abrem negócios perto da estabilidade

A revisão para cima nas projeções do mercado financeiro para a inflação oficial neste ano, feita por meio do boletim Focus do BC, traz viés de alta para as taxas futuras


	Bovespa: às 13h15, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2014 projetava taxa de 7,40%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: às 13h15, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2014 projetava taxa de 7,40% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 12h46.

São Paulo - Depois do carnaval, o mercado futuro de juros retoma os negócios na tarde desta quarta-feira perto da estabilidade.

A revisão para cima nas projeções do mercado financeiro para a inflação oficial neste ano, feita por meio do boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta quarta-feira, traz viés de alta para as taxas futuras, ofuscando a leve queda na estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na mesma pesquisa.

A melhora no cenário externo contribui para esse movimento. Por outro lado, o baixo volume de negócios limita o avanço dos juros futuros.

Às 13h15, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2014 projetava taxa de 7,40%, igual ao ajuste da sexta-feira (08); o DI para janeiro de 2015 marcava 8,16%, ante 8,17% na sexta-feira (08); e o DI com vencimento em janeiro de 2017 apontava 9,05%, igual ao ajuste da sexta-feira (08).

"Os DIs abrem sob o impacto do Focus, que me surpreendeu, com revisões fortes (para cima) nas projeções para a inflação neste e no próximo ano", diz o gerente de renda fixa da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. "Renova as preocupações", acrescenta ele, chamando a atenção especialmente para a estimativa do chamado Top 5 referente ao fechamento do ano que vem.

No Focus, a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fim de 2013 subiu de 5,68% para 5,71%. O IPCA suavizado 12 meses à frente também foi revisado para cima, de 5,47% para 5,49%. Em 2014, seguiu em 5,50%.


No Top 5, grupo das instituições do mercado financeiro que mais acertam projeções, a estimativa para o IPCA médio prazo no fim deste ano passou de 5,52% para 5,70%. Em 2014, a previsão para o IPCA médio prazo do grupo ficou em 6,50% - teto da meta do governo federal -, de 5,80% na pesquisa anterior.

A previsão para o crescimento do PIB em 2013 passou de 3,10% para 3,09% e para 2014, de 3,70% para 3,80%. As projeções para a Selic no fim deste ano e do próximo foram mantidas em 7,25% ao ano e 8,25% ao ano, respectivamente.

O comportamento do dólar também está na mira dos investidores. Até porque influenciou os negócios com juros futuros na semana passada, especialmente na sexta-feira (08), após declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a moeda norte-americana e um leilão de swap reverso (equivalente à compra no mercado futuro) feito pelo Banco Central. Nesta quarta-feira, a perspectiva para o dólar é de alta.

No exterior, à espera da reunião do G-20 na Rússia e em meio a dados econômicos, as principais bolsas europeias e Bolsas de Nova York exibiam nesta quarta-feira leves altas.

Na zona do euro, a produção industrial cresceu mais que o esperado em dezembro ante novembro, porém caiu mais que o previsto na comparação com igual mês do ano anterior e encolheu 2,4% no quarto trimestre de 2012 ante o terceiro trimestre. Nos Estados Unidos, as vendas no varejo cresceram em linha com o esperado em janeiro ante dezembro.

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