Bovespa: taxas terminaram com baixa discreta nos vencimentos mais longos e perto da estabilidade nos curtos (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 16h46.
São Paulo - Apesar da melhora do ambiente externo e da consequente queda do dólar ante o real, os juros futuros não sucumbiram e encerraram a sessão regular desta quarta-feira, 17, perto da estabilidade.
Os investidores guardavam posição antes do anúncio da decisão do Federal Reserve, cuja reunião terminaria no final da tarde.
Mesmo porque, os yields dos Treasuries experimentavam alta, com os agentes na expectativa de que o Fed pudesse retirar a expressão "tempo considerável" para se referir ao período em que os juros permanecerão nos patamares atuais.
Os DIs também interromperam o movimento inicial de alta e passaram a cair, de olho no comportamento do dólar e à espera do Fed.
Depois de ficarem um bom tempo na mínima, as taxas suavizaram o recuo e terminaram com baixa discreta nos vencimentos mais longos e perto da estabilidade nos curtos.
O DI para abril de 2015 (256.330 contratos) terminou em 12,27%, igual ao ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 encerrou em 12,92% (291.790 contratos), idêntico à véspera.
O DI para janeiro de 2017 (215.455 contratos) tinha taxa de 13,01%, ante 12,97% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 (77.195 contratos) projetava 12,58%, ante ajuste de 12,64% na véspera.
O avanço do preço do petróleo também ajudou a inverter o movimento das taxas durante a tarde, enquanto dados domésticos foram monitorados, entre eles. os da CNI.
A entidade informou à tarde que o indicador do nível de utilização da capacidade de operação ficou em 66% em novembro, ante 67%, em outubro.
O indicador de evolução do nível de atividade marcou 43 pontos no mês passado (42,7 pontos em outubro).
O indicador do nível de empregados ficou em 41,5 pontos em novembro, ante 43 pontos no mês anterior.
O indicador de nível de atividade efetivo em relação ao usual ficou em 40,5 pontos, ante 40,2 pontos, em outubro.
Também foram monitoradas as declarações de Alexandre Tombini e de Joaquim Levy.
Segundo o presidente do Banco Central, a queda do preço do petróleo pode ser positiva para o Brasil e para os Estados Unidos no curto prazo.
Nos seus cálculos, mantido o valor atual do barril de petróleo, entre US$ 55 e US$ 60, a balança comercial brasileira pode economizar entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões em 2015.
Além disso, Tombini reafirmou que o BC deve trazer a inflação para o centro da meta em 2016, dizendo que "política fiscal e monetária são independentes, mas complementares".
Já Levy afirmou que o aumento da Cide "é uma possibilidade". Disse ainda que prevê medidas para estancar e reduzir gastos e também para aumento de impostos.