Bovespa: taxas futuras terminaram em sentidos mistos e sem se distanciarem dos níveis de ontem (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 16h36.
São Paulo - As taxas dos contratos futuros de juros terminaram nesta sexta-feira, 13, próximas dos patamares vistos ontem, com os investidores evitando mudanças radicais antes do carnaval.
Como não haverá negócios no Brasil na segunda-feira, na terça-feira e na primeira metade da quarta-feira, os players preferiram manter posições.
As taxas dos contratos futuros de juros oscilaram um pouco ao longo da sessão, também esvaziada por conta do carnaval, terminando em sentidos mistos e sem se distanciarem dos níveis de ontem.
No fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2016 terminou em 13,18%, ante 13,20% de ontem, a do contrato para janeiro de 2017 marcou 13,05%, ante 13,08%, e a do DI para janeiro de 2021 ficou em 12,54%, ante 12,49%.
O indicador de maior importância no dia foi o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), que subiu 0,43% em fevereiro, ante 0,42% em janeiro.
O resultado ficou próximo da mediana projetada (+0,41%) e dentro do intervalo previsto (+0,20% a +0,48%). Na prática, o resultado não fugiu do esperado e não fez preço.
Para o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, "o maior interesse no curto prazo será o monitoramento do ambiente político, visando a aprovação das medidas de ajuste fiscal nas próximas semanas".
Em comentário diário, ele observa, porém, que "neste aspecto o cenário é nebuloso, com as demonstrações de um Congresso mais hostil ao governo".
"Assim, em meio ao pessimismo com o desempenho econômico, a incipiente reação dos ativos locais deve continuar instável e sem firmeza", conclui.
No exterior, foi informado que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,3% no quarto trimestre de 2014 ante o período imediatamente anterior, resultado que ficou levemente acima do previsto, de +0,2%.
Na comparação anual, o PIB do bloco teve expansão de 0,9% entre outubro e dezembro, também ligeiramente acima da alta prevista de 0,8%. Com isso, a região da moeda única teve expansão de 0,9% no acumulado de todo o ano passado.
Já nos EUA foi anunciado, no fim da manhã, que os preços das importações tiveram a maior queda anual em quase seis anos em janeiro, de -2,8% ante dezembro, mas ainda assim o recuo foi menor que a previsão de -3,4%.
Na comparação anual, o índice caiu 8%, no maior recuo desde setembro de 2009.
Ambos os resultados refletem a queda nos preços do petróleo sobre a desaceleração da inflação no país. Na Nymex, também às 12 horas, o contrato do WTI para março valia US$ 52,54 (+2,60%).