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Juros curtos fecham quase estáveis por inflação e dólar

Os investidores ainda mostram pouca disposição para alterar suas apostas antes de declarações do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke


	Os aplicadores também aguardam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai na quinta. As taxas mais longas seguiram a leve queda dos juros dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) e cederam levemente
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Os aplicadores também aguardam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai na quinta. As taxas mais longas seguiram a leve queda dos juros dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) e cederam levemente (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 17h44.

São Paulo - Os índices de inflação mais fracos conhecidos pela manhã foram compensados pela alta do dólar e por informações do exterior no mercado de juros, fazendo com que as taxas futuras de curto prazo terminassem perto dos ajustes anteriores nesta terça-feira, a exemplo do pregão na véspera.

Os investidores ainda mostram pouca disposição para alterar suas apostas antes de declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, na quarta e quinta-feira, no Congresso norte-americano.

Os aplicadores também aguardam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai na quinta. As taxas mais longas seguiram a leve queda dos juros dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) e cederam levemente.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (102.970 contratos) estava em 8,42%, igual ao ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (129.160 contratos) marcava 8,77%, também idêntico à véspera. O vencimento para janeiro de 2015 (200.345 contratos) indicava taxa de 9,45%, ante 9,55%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (162.080 contratos) apontava 10,56%, de 10,60%. O DI para janeiro de 2021 (4.335 contratos) estava em 10,99%, de 11,00% no ajuste anterior.

Pela manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o IGP-10 de julho desacelerou para 0,43%, ante 0,63% em junho. O resultado ficou abaixo das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (0,56%). Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,07% na segunda quadrissemana de julho, também de acordo com a FGV.

O resultado ficou 0,16 ponto porcentual abaixo do registrado na primeira quadrissemana de julho, quando o índice subiu 0,23%. Diante disso, o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, revisou fortemente sua estimativa para o indicador no fechamento de julho, de alta de 0,25% para uma deflação de 0,05%.


Os dados de atividade também favoreceriam um recuo das taxas de juros. Os empresários industriais ingressaram julho mais pessimistas, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu para 49,9 pontos este mês, ante 54,8 pontos em junho, a mais baixa desde abril de 2009. Além disso, o nível de emprego da indústria paulista caiu 0,23% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Enquanto isso, o dólar caiu ante boa parte das demais divisas, mas subiu em relação ao real devido a fatores domésticos. Na segunda-feira, 15, a forte queda da moeda dos EUA no Brasil resultou em uma correção nesta terça. Além disso, fatores técnicos favorecem a valorização. O dólar à vista no mercado de balcão terminou a R$ 2,2580, com alta de 1,30%.

O exterior também garantiu a estabilidade dos juros futuros, diante de dados melhores nos EUA e de declarações da presidente do Federal Reserve regional de Kansas City, Esther George, de que "chegou a hora" de começar a ajustar as compras de bônus pelo banco central norte-americano.

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