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Juros curtos caem com ajuste após comunicado do BC

No fim do pregão regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (283.495 contratos) tinha taxa de 11,95%


	Bovespa: contratos com prazos mais longos subiram
 (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: contratos com prazos mais longos subiram (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 16h34.

São Paulo - O comunicado mais dovish do Banco Central, divulgado na noite de quarta-feira, 3, provocou um ajuste na curva de juros, principalmente entre os vencimentos mais curtos e intermediários, que recuaram.

Os contratos com prazos mais longos subiram, ajudados por um movimento técnico natural do mercado, que ocorre quando há retirada de prêmios dos contratos com prazos mais recentes.

No fim do pregão regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (283.495 contratos) tinha taxa de 11,95%, ante 12,10% no ajuste de ontem.

A taxa do DI para julho de 2015 (75.865 contratos) terminou em 12,21%, de 12,35% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (213.240 contratos) indicava taxa de 12,40%, ante 12,60% no ajuste anterior.

O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2017 (188.255 contratos) apontava 12,29%, de 12,47% no ajuste da véspera.

O DI para janeiro de 2021 (89.705 contratos) apontava 11,95%, ante 11,91% no ajuste anterior.

O Banco Central elevou a taxa básica de juros Selic em 0,50 ponto porcentual, para 11,75% ao ano, mesmo em um cenário de economia estagnada. A decisão foi unânime e era esperada pela maior parte do mercado.

No comunicado divulgado depois do anúncio, o BC disse que, considerando os efeitos cumulativos e defasados da política monetária, entre outros fatores, o colegiado avalia que o esforço adicional de política monetária "tende a ser implementado com parcimônia".

As declarações acabaram provocando especulações sobre se a autoridade monetária poderia reduzir o ritmo de alta da Selic na sua próxima reunião, marcada para o dia 21 de janeiro.

As taxas de juros mais longas mantiveram a alta, mesmo após o recuo dos rendimentos dos Treasuries, que foram afetados por um indicador do mercado de trabalho dos EUA.

Os pedidos de auxílio-desemprego dos EUA caíram 17 mil na semana passada, para 297 mil.

A previsão era de queda maior, a 295 mil. Perto das 16h30, o juro da T-note de 2 anos caía a 0,547%, enquanto o da T-note de 10 anos recuava a 2,263%.

Na agenda de indicadores doméstica, foram anunciados dados da inflação, sem efeito sobre o mercado.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,69% em novembro.

O número representa uma aceleração em relação a outubro, quando o índice apresentou um avanço de 0,37%. À tarde, o BC informou que a poupança registrou captação líquida positiva de R$ 2,534 bilhões em novembro.

No acumulado do ano até o mês passado, a captação líquida da poupança está em R$ 18,605 bilhões. O saldo é 69% menor do que o verificado em idêntico período de 2013, quando somou R$ 59,845 bilhões.

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