Bovespa: no término do pregão, contrato de depósito interfinanceiro para abril de 2015 fechou com taxa de 11,960% (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 16h20.
São Paulo - A queda do dólar, somada à dos juros dos Treasuries, propiciou um viés negativo para as taxas de juros futuros curtas e intermediárias nesta terça-feira, 9.
No entanto, as dificuldades econômicas de vários países no exterior e as incertezas sobre a economia brasileira acabaram levando as taxas de prazo mais longo a terminarem o pregão regular próximas dos ajustes, com pequeno avanço.
No término do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para abril de 2015 (130.460 contratos) fechou com taxa de 11,960%, ante 11,970% no ajuste de ontem.
O DI para julho (23.705 contratos) de 2015 registrou 12,22%, de 12,250%. O DI para janeiro de 2016 (120.405 contratos) terminou com taxa de 12,47%, de 12,48%.
O DI para janeiro de 2017 apontou 12,39% no fechamento, de 12,41%. E o DI para janeiro de 2021 (48.750 contratos) tinha taxa de 12,06%, ante 12,03%.
Os investidores monitoraram de perto das declarações de Tombini em audiência no Congresso.
Ele disse que há perspectiva de retomada da atividade econômica no Brasil e que a inflação está em processo de convergência para o centro da meta, de 4,5%.
No entanto, ele afirmou que "não deve ser surpresa" inflação acima do patamar atual nos próximos meses.
Tombini disse ainda que para conduzir a inflação para o centro da meta é importante o controle dos gastos públicos por parte do governo porque, só assim, as ações de política monetária se tornam mais eficazes.
Ele classificou a meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, apresentada pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como "número duro, na realidade difícil, mas sim, factível".
O dólar fechou em queda em relação ao real nesta terça-feira, interrompendo três sessões seguidas de alta, alinhado ao declínio visto ante outras moedas internacionais. No fim do dia, o dólar à vista fechou cotado a R$ 2,5950 (-0,61%), no balcão.
Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries recuavam neste fim de tarde.
O juro da T-note de 2 anos caía a 0,627%, de 0,635% no fim da tarde de ontem, enquanto o juro da T-note de 10 anos recuava para 2,2217, de 2,256%.
Os títulos dos EUA foram favorecidos hoje pela aversão ao risco nos mercados internacionais após o governo chinês anunciar que irá restringir o uso de bônus corporativos como garantia, uma ação que, na prática, reduz a liquidez.