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Juros caem bastante após IPCA comportado e dado dos EUA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) um pouco aquém da mediana das estimativas favoreceu a devolução de prêmios na curva de juros


	Telão da Bovespa: Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (375.910 contratos) marcava mínima de 9,22%
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (375.910 contratos) marcava mínima de 9,22% (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 17h05.

São Paulo - O resultado do relatório de trabalho dos Estados Unidos (payroll), indicando a criação de menos vagas do que o previsto, foi determinante para o recuo dos juros futuros domésticos.

Desde cedo, os investidores depreenderam que a redução dos estímulos à economia norte-americana pode não acontecer neste ano, o que exerceu pressão de queda sobre o dólar, bem como sobre a taxa dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos EUA.

Nesse ambiente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) um pouco aquém da mediana das estimativas também favoreceu a devolução de prêmios na curva de juros. Vale destacar ainda que o fator Síria segue no radar.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (375.910 contratos) marcava mínima de 9,22%, de 9,27% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (443.135 contratos) indicava taxa de 10,29%, de 10,47% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (232.405 contratos) apontava 11,53%, de 11,79%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (3.415 contratos) estava em 11,97%, de 12,18% no ajuste anterior. Apesar da queda das taxas de juros nesta sessão, o mercado segue apostando em mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual para a Selic neste ano, para 10%.

"Os indicadores dos EUA determinaram o movimento de queda dos juros. Parece que a retirada dos estímulos pode mesmo demorar um pouco mais diante deste payroll. E isso acabou afetando o dólar e os Treasuries, derrubando também os juros locais", afirmou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi.

O Departamento de Trabalho dos EUA informou que a economia norte-americana criou 169 mil novas vagas de emprego em agosto, ante uma previsão de 175 mil. A taxa de desemprego, no entanto, caiu para 7,3%, ante previsão de que ficaria estável em 7,4%. De qualquer forma, a leitura feita pelos agentes é de que a economia dos EUA ainda não mostra consistência suficiente para que o Federal Reserve comece a reduzir as compras de US$ 85 bilhões por mês em ativos.

O quadro fez com que o dólar caísse ante boa parte das demais divisas, incluindo o real. Por aqui, a moeda dos EUA no mercado à vista de balcão terminou a R$ 2,307, com queda de 0,65%. Os juros dos Treasuries de 10 anos, após superarem a marca de 3% antes do resultado do payroll, marcavam 2,931% às 16h38 (horário de Brasília), de 2,991% no fim da tarde da véspera.

Os juros domésticos abriram o pregão em baixa, reagindo ao dado levemente aquém do esperado para a inflação medida pelo IPCA, que ficou em 0,24% em agosto, ante 0,03% em julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mediana calculada pelo AE Projeções com base nas estimativas dos analistas era de 0,25%. Também a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o resultado do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que acelerou de 0,14% em julho para 0,46% em agosto. O índice ficou acima do teto das projeções do mercado financeiro, de 0,40%.

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