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Juros caem após possibilidade menor de corte de rating

No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (46.565 contratos) projetava 12,484%


	Bovespa: mercado continua a dar voto de confiança ao programa de ajuste da equipe econômica
 (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: mercado continua a dar voto de confiança ao programa de ajuste da equipe econômica (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 17h33.

São Paulo - Os esforços do governo nesta semana para aprovar o programa de ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Congresso, somados a declarações da Moody's sobre o rating do Brasil, levaram as taxas de juros futuras a terminarem em baixa nesta quinta-feira, 26, apesar do resultado fiscal do governo central pior que o esperado em janeiro.

No câmbio, o dólar fechou em alta, alinhado com o avanço registrado ante outras moedas no exterior, após indicadores econômicos dos EUA elevarem as apostas de uma alta de juros ainda neste ano nos EUA.

No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (46.565 contratos) projetava 12,484%, igual à taxa registrada no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2016 (132.345 contratos) indicava 13,12%, também nivelado ao ajuste anterior.

O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2017 (220.165 contratos) tinha taxa de 12,94%, ante 12,98%, e o DI para janeiro de 2021 (87.655 contratos), de 12,55%, ante 12,58% no ajuste da véspera.

As taxas de juros futuras abriram a sessão em alta, em reação à declaração do analista sênior para rating soberano da Moody's, Mauro Leos, minimizando a possibilidade de um corte do rating do Brasil.

Segundo ele, nos vários cenários traçados para a economia do Brasil, mesmo o que considera algum apoio financeiro do governo à Petrobras, a dívida pública bruta não vai superar 70% do PIB.

"Este nível (de dívida) continuará compatível com rating atual do Brasil", que é de Baa2.

O aumento da taxa de desemprego, reportada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), contribuiu para a baixa dos juros no Brasil, devido à percepção dos agentes do mercado de que o dado pode aliviar a pressão sobre o Banco Central em termos de aperto monetário.

A taxa de desemprego ficou em 5,3% em janeiro de 2015, ante taxa de 4,3% em dezembro.

O resultado ficou um pouco acima da mediana das estimativas de 5,00%.

Mas o dado mais esperado da agenda doméstica - o resultado primário do governo central, que veio pior que as expectativas - foi acompanhado pelos investidores, mas não provocou forte reação na curva dos juros.

Isso porque o mercado continua a dar um voto de confiança para o programa de ajuste da equipe econômica, comandada por Joaquim Levy.

Os esforços do governo nesta semana para que as medidas do ministro da Fazenda sejam aprovadas no Congresso contribuíram para aumentar a credibilidade dos agentes nas metas fiscais.

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