Telão da Bolsa: IPCA fechou o mês com alta de 0,54%, registrando recuo ante outubro (0,57%) (Alexandre Battibugli/EXAME)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 09h34.
São Paulo - Os mercados monetários são guiados desde a abertura por dois fatos importantes para a economia doméstica. No caso dos juros, os contratos de DI futuro recuam com a divulgação do IPCA de novembro levemente abaixo do esperado. Já o dólar abriu em queda no mercado de balcão, a R$ 2,3570 (-0,25%), ainda repercutindo o anúncio feito na quinta-eira, 5, pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que o programa de oferta de hedge cambial seguirá em 2014.
O IPCA fechou o mês com alta de 0,54%, registrando recuo ante outubro (0,57%) e também no acumulado em doze meses - de 5,84% para 5,77%. Foi a primeira vez no ano que o IPCA em doze meses ficou abaixo do índice do ano passado - meta informal definida pelo próprio BC para este ano (5,84%).
A reação vista nos juros, no entanto, não é tão expressiva, visto que o índice de difusão inflacionária voltou a piorar, passando de 67,7% para 68,2%, de acordo com cálculos da Votorantim Corretora. Assim, por volta das 9h30, o DI para janeiro de 2015 era cotado a 10,66%, na máxima até então, de 10,68% do ajuste de ontem.
O câmbio também reage positivamente ao IPCA e, conjuntamente à decisão de ontem do BC de manter a ração diária no próximo ano, pode sinalizar certo alívio na pressão para os preços no futuro próximo. Por isso dólar e juros andaram e devem continuar andando juntos.