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Juros abrem em alta com produção industrial

A indústria avançou 1,9% em junho ante maio, após recuo de 1,8% no período anterior


	Às 9h48, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 8,86%, na máxima, de 8,85% no ajuste desta quarta-feira, 31
 (REUTERS/Nacho Doce)

Às 9h48, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 8,86%, na máxima, de 8,85% no ajuste desta quarta-feira, 31 (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2013 às 10h49.

São Paulo - Os juros futuros abriram ao redor da estabilidade para as taxas mais curtas e com leve alta no contrato para 2015, indicando inclinação da curva a termo após a divulgação da produção industrial um pouco acima do esperado, mas sem mostrar forte reação do setor ao longo do segundo trimestre.

A indústria avançou 1,9% em junho ante maio, após recuo de 1,8% no período anterior - dado revisão de -2%. Apesar da melhora, a expansão foi de 1,1% no segundo trimestre sobre os três primeiros meses do ano e de 0,2% no acumulado dos últimos 12 meses.

Às 9h48, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 8,86%, na máxima, de 8,85% no ajuste desta quarta-feira, 31, enquanto o DI para janeiro de 2015 subia para 9,64%, de 9,59% da véspera. Na parcela mais longa, o DI para janeiro de 2017 operava praticamente estável, a 10,77%, de 10,76% nesta quarta-feira.

Mais cedo, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em -0,17% no encerramento de julho ante +0,35% na última leitura de junho, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O IPC-S acumula alta de 3,12% no ano e de 5,80% em 12 meses. Das oito classes de despesas analisadas, seis registraram decréscimo nas taxas de variação.

O IPC-S de julho ficou dentro do intervalo das estimativas apuradas pelo AE Projeções, que iam de -0,23% a -0,07%, mas a queda foi maior que a mediana projetada, de -0,14%. Na terceira quadrissemana de julho, o IPC-S ficou em -0,11%.

No pregão desta quarta, a leitura de que o comunicado da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) foi mais suave do que se esperava mexeu bastante com os mercados, especialmente com os Treasuries, que recuaram fortemente - depois de terem subido com dados de emprego e Produto Interno Bruto (PIB) no início da sessão.


O dólar também recuou e terminou o dia em queda ante o real. Com isso, as taxas futuras, após subirem durante toda a manhã, encerraram perto dos ajustes, com viés de baixa na parcela mais longa da curva a termo.

O texto que acompanhou a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) levou a uma leitura de que os estímulos à economia continuarão por causa do crescimento apenas modesto da economia - antes tratado como moderado - e pela inflação ainda abaixo da meta. O Fed manteve os gatilhos para a inversão da política monetária.

Nesta quinta-feira, nos EUA, o número de trabalhadores do país que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 19 mil, para 326 mil, na semana até sábado, 27, após ajustes sazonais, anunciou o Departamento de Trabalho norte-americano. Esse é o nível mais baixo desde o início de 2008. O dado já levou a uma recuperação dos juros dos Treasuries, que voltaram a superar 2,63%.

Já o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa básica de juros em 0,50%, de acordo com o esperado. Com isso, o BCE manteve os custos de empréstimos na mínima histórica pelo terceiro mês consecutivo, desde o corte de 25 pontos-base em maio.

O BCE também deixou inalteradas as taxas de depósito - que definem o piso para as taxas de juros no mercado monetário do euro - em 0%, e as de empréstimos marginais - que determinam o teto - em 1%.

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