Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (147.675 contratos) marcava 9,27% (Alexandre Battibugli/EXAME)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2013 às 17h09.
São Paulo - Na ausência de indicadores domésticos relevantes nesta terça-feira, 17, os investidores em juros optaram pela cautela antes do término da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), na quarta, 18.
As taxas futuras oscilaram em intervalos pequenos e com pouca liquidez. O sinal de queda, no entanto, foi garantido pelo recuo do dólar ante o real, bem como pela baixa dos juros dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos EUA.
A expectativa majoritária é de que o Fed anuncie o início da redução dos estímulos, mas em volume pequeno. Ainda há quem acredite que, diante de alguns indicadores recentes nos EUA, as compras de ativos possam ficar intactas.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (147.675 contratos) marcava 9,27%, de 9,28% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (223.585 contratos) indicava taxa de 10,36%, de 10,44% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (134.810 contratos) apontava 11,65%, de 11,70%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.035 contratos) estava 12,05%, de 12,10% no ajuste anterior.
"O mercado se moveu ao sabor do dólar e dos Treasuries. Não houve indicador capaz de mexer com a percepção dos investidores", resumiu um operador. "E ainda que o Fed anuncie de fato a redução dos estímulos, acho que a reação dos juros se dará nos vencimentos mais longos", continuou o profissional de renda fixa.
O dólar caiu ante a maioria das demais divisas e voltou para a casa de R$ 2,25, com queda de 0,79% no mercado à vista de balcão, a R$ 2,259. O Banco Central voltou a vender integralmente os 10 mil contratos de swap, dentro do cronograma previsto. Os juros dos Treasuries, por sua vez, acentuaram as perdas ao longo da manhã, após a divulgação dos dados de inflação ao consumidor dos EUA.
Tanto o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) quanto seu núcleo, que exclui as categorias de alimentos e energia, subiram 0,1% em agosto ante julho, exatamente como esperado por analistas. Depois, no entanto, os prêmios dos Treasuries reduziram a queda, na sequência de um leilão fraco de títulos soberanos da Alemanha. O juro da T-note de 10 anos marcava 2,850% às 16h33 (horário de Brasília), de 2,877% no fim da tarde da segunda-feira.
Dos indicadores domésticos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) subiu para 54,2 pontos em setembro. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, é o segundo mês consecutivo de crescimento do índice, o que representa um "sinal importante para a recuperação da indústria". Em agosto, o Icei tinha atingido 52,5 pontos. Em julho, o indicador ainda estava no terreno do pessimismo (49,9 pontos).