EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
Rio de Janeiro - Está marcado para o dia 9 de fevereiro o julgamento na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de processo administrativo sancionador contra dirigentes da Cyrela acusados de terem negociado ações da empresa antes da divulgação de comunicado ao mercado. O colegiado da CVM já rejeitou duas propostas dos administradores da Cyrela para firmar termos de compromisso para extinguir o processo. Pela última proposta rejeitada, em dezembro, a CVM receberia R$ 1 milhão.
Os administradores tinham conhecimento de "Instrumento Particular de Outorga de Opção de Compra de Ações e Outras Avenças" entre a Cyrela Commercial Properties Empreendimentos e Participações (CCP) e subsidiárias da Cyrela Brazil Realty, de 30 de maio de 2007. Mas o primeiro comunicado ao mercado sobre o assunto veio só 30 dias depois, em 29 de junho e, nesse meio tempo, administradores da Cyrela negociaram ações da companhia.
Também houve negociação de ações da Cyrela por parte de dirigentes da empresa entre 24 de junho de 2007, quando houve notícia na imprensa de que a companhia estava em início de entendimentos para eventual compra da empresa alagoana Cipesa, em 6 de julho daquele ano, quando foi publicado o comunicado ao mercado sobre o assunto.
Pela última proposta de termo de compromisso sobre esse processo, rejeitada pela CVM, o diretor de Relações com Investidores da Cyrela, Luis Largman, pagaria à CVM R$ 500 mil; o diretor-presidente e presidente do Conselho de Administração da companhia, Elie Horn, R$ 250 mil e os diretores Ariel Shammah e George Zausner, R$ 125 mil cada um.