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Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2010 às 07h02.
Nova York - O JPMorgan Securities reduziu sua avaliação de preço para as ações do Google em 11 por cento, para 566 dólares, e reduziu sua projeção para o segundo trimestre, em parte devido ao cancelamento das vendas online dos celulares inteligentes (smartphones) Nexus One, produzidos pela companhia.
Os analistas afirmam também que a incerteza quanto ao futuro do Google na China afetou a avaliação de suas ações. O corte na estimativa de valor surge enquanto o pedido de renovação de licença para a página chinesa do Google está sob revisão.
As ações do Google caíram em mais de 30 por cento desde o começo do ano, fechando em 436,07 dólares na Nasdaq, terça-feira, depois de atingirem os 626,75 dólares no final de 2009.
Embora a incursão do Google ao software para celulares tenha sido um sucesso, o celular Nexus One foi considerado como tropeço para a empresa, por muitos analistas, porque o aparelho concorria diretamente com os produtos dos muitos fabricantes de celulares que dependem do sistema operacional Google Android para alguns de seus modelos mais avançados.
Em maio, o Google anunciou que fecharia a loja online de celulares aberta quatro meses antes, e que em lugar disso trabalharia por intermédio de parceiros para vender o aparelho no varejo.
Para o segundo trimestre, o JPMorgan antecipa que o Google registre lucro por ação de 6,38 dólares, sobre receita de 4,92 bilhões de dólares, ante projeção anterior de 6,61 dólares de lucro por ação sobre receita de 5,07 bilhões de dólares.
A corretora antecipa que a receita trimestral do Google caia em cerca de 30 milhões de dólares ante o período anterior, devido à sua decisão de suspender a venda online dos celulares Nexus One.
"No entanto, com base em verificações em canais de busca e em nossas expectativas de um forte desempenho no segundo trimestre, antecipamos que a receita nacional da empresa, excluídos os celulares, cresça em 2,3 por cento ante o período anterior," informou o JPMorgan em nota aos clientes.
A corretora manteve sua recomendação de compra de ações do Google.