O executivo Greg Smith iniciou a polêmica com uma carta aberta na columa de opinião em que chamou o Goldman Sachs de um lugar "tóxico e destrutivo" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2012 às 15h51.
Londres/Hong Kong - O banco de investimento JPMorgan, em uma tentativa de proteger a reputação de Wall Street, pediu aos seus funcionários que não se valessem do escândalo no Goldman Sachs, após a publicação no The New York Times de uma virulenta carta de renúncia.
O executivo Greg Smith, que trabalhou com ações de derivativos, colocou o setor bancário no olho do furacão na quarta-feira com uma carta aberta na columa de opinião em que chamou o Goldman Sachs de um lugar "tóxico e destrutivo" onde os diretores se referem abertamente aos clientes como fantoches.
O presidente do JPMorgan, Jamie Dimon, instruiu os empregados, em comunicado interno, a não procurarem ter vantagem sobre os "supostos problemas" no concorrente e pediu que se concentrassem na qualidade do trabalho e não na polêmica, que a imprensa norte-americana está chamando de "Muppetgate", em referência a "muppet", "fantoche" em inglês.
"Que fique claro que não quero ninguém tirando proveito dos supostos problemas do concorrente ou de quem quer que seja. Esse não é o jeito de trabalharmos", escreveu Dimon, segundo cópia a que a Reuters teve acesso.
O e-mail de Dimon, mandando antes de os funcionários na Ásia chegarem para trabalhar nesta quinta-feira, foi enviado primeiramente para o comitê operacional mundial e depois repassado para mais setores do JPMorgan, segundo fontes que tiveram acesso ao comunicado. O JPMorgan se negou a comentar o assunto.