JPMorgan vê possível corte da taxa de juros pelo Federal Reserve como fator positivo para o mercado financeiro (Witthaya Prasongsin/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 29 de agosto de 2019 às 16h00.
Última atualização em 29 de agosto de 2019 às 16h21.
O mercado acionário começa a se mostrar novamente atraente, na avaliação do JPMorgan Chase.
Após a onda vendedora de agosto, a hora de comprar ações está chegando, escreveram estrategistas liderados por Mislav Matejka em nota na terça-feira (27). A equipe aposta que as ações vão subir, começando com uma tendência de alta em setembro. Os índices de referência, como o S&P 500, o Stoxx Europe 600 e o MSCI Ásia-Pacífico, caminham para fechar agosto com a maior queda mensal desde maio.
"Embora tenhamos defendido uma consolidação em agosto, ainda esperamos que o declínio não se estenda por mais tempo do que o de maio, e ainda acreditamos que o mercado vai avançar até o fim do ano", escreveram os estrategistas do JPMorgan.
A escalada da guerra comercial entre EUA e China este mês alimentou a preocupação de investidores com as perspectivas para a economia global, afetando ações no mundo todo. Os principais gestores de recursos, como Legal & General e Manulife Investment Management, realizaram lucros com seus ativos de risco e agora entraram no modo cautela.
O JPMorgan vê uma série de catalisadores positivos que poderiam puxar a recuperação do mercado acionário, como o reinício do programa de flexibilização quantitativa do Banco Central Europeu, o potencial para um segundo e maior corte da taxa de juros pelo Federal Reserve, juntamente com sinais de que a atividade econômica pode ter atingido o fundo do poço e melhora dos indicadores técnicos.
A perspectiva otimista do JPMorgan se choca com a do UBS Global Wealth Management, que voltou a ter posição "underweight" em ações pela primeira vez desde a crise da zona do euro. A gestora de ativos suíça reduziu sua posição em renda variável em relação aos títulos de grau de investimento para diminuir sua exposição à guerra comercial e às incertezas políticas, escreveu Mark Haefele, diretor global de investimentos, em nota de 25 de agosto a investidores.