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JPMorgan, BofA e Citi deixam mercados preocupados com 2023

Receitas e lucros acima do esperado não impressionaram muito os investidores porque as previsões para algumas métricas importantes foram piores do que o esperado

JPMorgan: o maior banco dos EUA disse que a receita financeira deste ano será menor do que os analistas esperavam (Getty/Getty Images)

JPMorgan: o maior banco dos EUA disse que a receita financeira deste ano será menor do que os analistas esperavam (Getty/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 13 de janeiro de 2023 às 14h46.

Os balanços de fim de ano dos maiores bancos de Wall Street não foram recebidos com muito entusiasmo pelos mercados, em meio a sinais de que uma economia mais instável está por vir.

Receitas e lucros acima do esperado não impressionaram muito os investidores porque as previsões para algumas métricas importantes foram piores do que o esperado, e todos os credores reservaram mais dinheiro para cobrir empréstimos problemáticos.

Na maioria dos casos, as provisões foram maiores do que os analistas haviam calculado.

Segue um resumo do que os principais bancos divulgaram:

JPMorgan

O maior banco dos EUA disse que a receita financeira deste ano será menor do que os analistas esperavam porque a economia mostra sinais de estar fraquejando. O guidance foi de US$ 73 bilhões, abaixo da estimativa de US$ 74,4 bilhões. A previsão para o ano seguiu um recorde de US$ 20,2 bilhões no quarto trimestre.

“A economia americana continua forte, com os consumidores ainda gastando dinheiro em excesso e negócios saudáveis”, disse o CEO Jamie Dimon em comunicado nesta sexta-feira. “Ainda não sabemos o efeito final dos ventos contrários vindos das tensões geopolíticas, incluindo a guerra na Ucrânia, o estado vulnerável dos suprimentos de energia e alimentos, a inflação persistente que está corroendo o poder de compra e elevou as taxas de juros e o aperto quantitativo sem precedentes.”

O banco também alertou para uma “modesta deterioração” em suas perspectivas macroeconômicas.

Bank of America

A receita das mesas de operações do Bank of America superou as estimativas dos analistas, ao colherem os benefícios das oscilações dramáticas dos mercados.

Mas a receita financeira, que subiu junto com a alta de juros, ficou aquém das expectativas. Ela saltou 29%, para US$ 14,7 bilhões no quarto trimestre, um aumento menor do que o previsto.

A receita de corretagem das mesas de operações subiu 27% em relação ao ano anterior, bem acima do ganho de 13% que os analistas esperavam. Os melhores resultados foram na renda fixa.

Citigroup

Os operadores de renda fixa do Citigroup registraram um recorde no final de 2022, sob pressão para melhorar os retornos à medida que o banco se prepara para uma economia mais incerta.

As apostas dos clientes em taxas e moedas aumentaram a receita de negociação de renda fixa em 31%, para US$ 3,2 bilhões, o maior volume para o quarto trimestre na história do banco.

“Desenvolvemos intencionalmente uma estratégia que pode atender nossos acionistas em diferentes ambientes”, disse a CEO Jane Fraser em comunicado.

Goldman Sachs

O banco de investimento só divulga balanço na semana que vem, mas antecipou os resultados da nova divisão que abriga o que resta de sua incursão no varejo. A Platform Solutions acumulou mais de US$ 1,2 bilhão em perdas antes de impostos nos primeiros nove meses do ano passado, com piora a cada trimestre, disse o banco.

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