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JPMorgan admite ter burlado lei em caso "Baleia de Londres"

Maior banco dos Estados Unidos em ativos foi convencido pela SEC a admitir o erro que causou perdas de mais de 6 bilhões dólares


	Sede do JPMorgan, em Nova York: banco pagará 920 milhões de dólares à SEC e outras agências para resolver caso "London Whale" 
 (©afp.com / Spencer Platt)

Sede do JPMorgan, em Nova York: banco pagará 920 milhões de dólares à SEC e outras agências para resolver caso "London Whale"  (©afp.com / Spencer Platt)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 17h26.

São Paulo - O JPMorgan, maior banco dos Estados Unidos em ativos, admitiu ter burlado a lei de títulos federais norte-americana na transação de 6,2 bilhões de dólares conhecida como "London Whale", ou "Baleia de Londres", que se tornou um escândalo durante a crise financeira. A informação é do The Huffington Post

O caso foi batizado de "London Whale" porque esse era o apelido de Bruno Iksil, funcionário de uma agência do banco em Londres acusado de causar perdas milionárias para o JPMorgan e que recentemente assinou um acordo com autoridades para não ser processado.

O banco foi convencido a admitir o erro pela Securities and Exchange Comission (SEC), órgão equivalente à CVM nos Estados Unidos, segundo o site. 

"Nós aceitamos a responsabilidade e reconhecemos nossos erros desde o começo, e nós aprendemos com eles e trabalhamos para consertá-los", teria dito o presidente do JP Morgan Chase. 

O banco também concordou em pagar 920 milhões de dólares à SEC e outras agências para resolver acusações do London Whale. 

Esta não é a primeira vez que um banco é condenado por infringir a lei, a novidade está em assumir o ato.  Em julho de 2010,  o Goldman Sachs também concordou em pagar 550 milhões de dólares para resolver as acusações federais de que havia enganado investidores em um produto de hipoteca enquanto o mercado imobiliário entrava em colapso. 

Na época, o Goldman não admitiu ter feito nada de errado. Porém, alguns anos depois, segundo o The Huffington Post, um funcionário de nível médio, chamado Fabrice Tourre, foi considerado responsável por fraude, nas mesmas circunstâncias. 

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