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JP Morgan estuda negociar carvão e minério no físico

O banco americano tem sido um trader bastante ativo em derivativos de minérios de ferro e de siderurgia desde o final de 2008

O banco pode em breve seguir tendência que já inclui o Deutsche Bank e o Macquarie Bank Limited (Don Emmert/AFP)

O banco pode em breve seguir tendência que já inclui o Deutsche Bank e o Macquarie Bank Limited (Don Emmert/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 19h16.

Londres - O JP Morgan avalia a possibilidade de negociar minério de ferro e carvão metalúrgico no físico, além de expandir suas atividades com aço, relatou um executivo do banco durante essa semana, seguindo a tendência dos principais agentes financeiros, que têm migrado para esses mercados.

O banco americano tem sido um trader bastante ativo em derivativos de minérios de ferro e de siderurgia desde o final de 2008, principalmente em nome de seus clientes. O banco pode em breve seguir tendência que já inclui o Deutsche Bank e o Macquarie Bank Limited.

Os bancos estão se aventurando no comércio físico de minério de ferro a fim de melhor gerenciar suas posições financeiras, e ajudar a criar acordos financeiros entre mineradoras, siderúrgicas, montadoras e construtoras.

"Negociar nesses mercados poderia nos dar um melhor visão sobre o que está acontecendo, e como o mercado está se movimentando", Jeffrey Kabel, diretor executivo global de produtos ferrosos do JP Morgan, disse à Reuters durante uma entrevista.

"Nós já negociamos carvão térmico, e o estamos usando como um modelo para considerar inclusão tanto do minério de ferro físico quanto o carvão metalúrgico, uma vez que esses mercados, fisicamente, se movimentam de maneira similar."


Durante os últimos meses, alguns dos maiores traders de commodities têm entrado no mercado de minério de ferro que, até dois anos atrás, era dominado por três grandes produtores - a brasileira Vale, o BHP Billiton e Rio Tinto Ltd.

Maior potencial - O JP Morgan planeja expandir suas operações de comércio de aço tanto em derivativos quanto no físico.

Kabel disse que percebeu um aumento do interesse nos derivativos dos minérios de ferro e aço tanto de clientes industriais quanto de financeiros, inclusive fundos de hedge.

Mesmo com as previsões de incerteza econômica global afetando o mercado de ferro, e com possibilidade de diminuição de seu setor de derivativos ainda em desenvolvimento, o banco tem impulsionado seu volume de compras e vendas durante os últimos seis meses, e tem visto mais interesse de diversas partes.

De acordo com o JP Morgan, apesar de traders e mineradoras permanecerem como os principais participantes, cada vez mais fundos de hedge e siderúrgicas têm se envolvido nas operações.

"Grandes siderúrgicas da Europa e Estados Unidos têm estudado esse mercado atentamente, principalmente desde o início desse ano", disse Kabel.

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