Jean Paul Prates foi indicado por Lula para assumir a presidência da Petrobras (Roque de Sá/Agência Senado)
Beatriz Quesada
Publicado em 26 de janeiro de 2023 às 12h45.
Última atualização em 26 de janeiro de 2023 às 12h57.
O conselho de administração da Petrobras (PETR3/PETR4) aprovou, por unanimidade, a indicação de Jean Paul Prates para a presidência da empresa.
Prates foi aprovado como membro do conselho e nomeado presidente interino da companhia até o dia 13 de abril, na expectativa da realização de uma assembleia geral de acionistas, quando poderá ser formalmente nomeado para o cargo.
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-senador tem quase 30 anos de experiência no setor de petróleo e gás, e foi consultor antes de seguir a carreira política.
Prates irá substituir o diretor executivo de desenvolvimento da produção, Henrique Rittershaussen, que assumiu após a renúncia de Caio Paes de Andrade, empossado durante o governo Bolsonaro. Paes de Andrade renunciou ao cargo no início do mês para compor a equipe do novo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Desde que o nome de Prates foi anunciado para o cargo, especialistas questionaram se haveria algum tipo de impedimento por conta da Lei das Estatais.
A Lei veda a participação, em Conselho de Administração e em diretoria, "de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral".
Mas fontes ligadas ao no alto comando da estatal não identificaram impedimento ao nome de Prates, segundo adiantado pela EXAME IN. A análise é de que Prates não participou "da organização, estruturação e realização da campanha eleitoral" quando concorreu ao cargo de prefeito em Natal, no Rio Grande do Norte, em 2020 – perdeu. Segundo uma fonte, há uma diferença entre ser candidato e organizador da campanha.
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