Mercados

Japão pode enfrentar terceira década "perdida", alerta Moody's

Agência de classificação de risco repreendeu o fato de o governo não alcançar a meta que se impôs e pode cortar nota do país

O terremoto seguido de tsunami em março deve aumentar a dívida, com gastos do governo na reconstrução das áreas afetadas (Getty Images)

O terremoto seguido de tsunami em março deve aumentar a dívida, com gastos do governo na reconstrução das áreas afetadas (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 07h44.

Tóquio - O Japão pode enfrentar uma terceira década "perdida" de baixo crescimento econômico que o deixará em situação difícil para reduzir o maior endividamento entre os países desenvolvidos, alertou a Moody's nesta segunda-feira.

A agência de classificação de risco repreendeu o fato de o governo não alcançar a meta que se impôs, de anunciar até 20 de junho um plano de longo prazo para lidar com a dívida, sugerindo que está chegando perto de cortar a nota do Japão.

O país esteve estagnado em boa parte das últimas duas décadas, caindo da segunda para a terceira posição no ranking das maiores economias do mundo e atingindo cerca de 10 trilhões de dólares em dívida à medida que tentava estimular o crescimento.

O terremoto seguido de tsunami em março deve aumentar a dívida, com gastos do governo na reconstrução das áreas afetadas.

"Embora o Japão deva ter uma recuperação em forma de V mais no final deste ano, frente ao terremoto de 11 de março, o crescimento subsequente pode entrar em ritmo lento", apontou a Moody's em nota.

"Não é inconcebível que o país tenha uma terceira década perdida de crescimento."

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingÁsiaDesastres naturaisDívidas de paísesJapãoMercado financeiroMoody'sPaíses ricosRatingTerremotos

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney