A partir desta segunda-feira o pregão regular no segmento Bovespa funcionará em sessão contínua das 10h às 17h, com o after market das 17h30 às 19h (Germano Luders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2011 às 10h02.
São Paulo - O devastador terremoto seguido de um tsunami no Japão na última sexta-feira ainda afetava os principais mercados internacionais nesta segunda-feira, o que pode refletir nos negócios locais, embora no dia 11 aspectos domésticos tenham prevalecido sobre os ativos brasileiros. A preocupação é quanto ao impacto econômico da tragédia japonesa.
O Credit Suisse calculou as perdas econômicas com o terremoto em pelo menos 171 bilhões de dólares, mas o ministro das Finanças japonês, Yoshihiko Noda, disse que era cedo demais para configuar um quadro firme no sentido de compilar um orçamento suplementar. O Banco do Japão injetou bilhões de dólares nos mercados nesta sessão.
Ainda assim, o Nikkei encerrou o dia com queda de 6,18 por cento, e o dólar valia 81,95 ienes frente a 81,89 ienes na sexta-feira. Outros mercados na Ásia, contudo, viram na reconstrução do Japão argumento para valorização e o índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,53 por cento. O índice da bolsa de Xangai fechou em alta de 0,13 por cento.
A agenda vazia nos Estados Unidos favorecia a contaminação do viés negativo, enquanto o cenário europeu também se mostrava adverso, embora ambos os mercados operassem longe das mínimas registradas mais cedo. "Não há razões positivas o suficiente por aí para comprar", disse Matt Brown, operador na Catalyst Markets.
O contrato futuro do norte-americano S&P-500 cedia 2,70 pontos. O FTSEurofirst 300 declinava 0,20 por cento. O índice MSCI para ações globais caía 0,34 por cento, enquanto para emergentes avançava 0,71 por cento.
Entre as moedas, o índice DXY, que mede o valor do dólar frente a uma cesta com as principais moedas globais, perdia 0,32 por cento. O euro , por sua vez, era transacionado a 1,3965 dólar ante 1,3907 dólar na sexta-feira, após acordo entre líderes da zona do euro para elevar o fundo de resgate na região.
No segmento de commodities, particularmente o petróleo, mais uma sessão de trégua refletindo relativo alívio com o quadro no Oriente Médio --entenda Arábia Saudita-- e preocupação sobre desaquecimento com o desatre no Japão. O barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York desvalorizava-se 2 por cento, a 99,15 dólares. Em Londres, o Brent caía 1,98 por cento, a 111,59 dólares.
De volta à cena brasileira, a agenda traz o resultado da Hypermarcas, que obteve lucro líquido de 87,9 milhões de reais no quarto trimestre. A pauta da sessão local inclui ainda os tradicionais números da pesquisa Focus e parciais da balança comercial, além de indicadores industriais da CNI. Mas investidores também devem ficar cautelosos com possível anúncio de novas medidas no câmbio.
A partir desta segunda-feira, de acordo com informações da BM&FBovespa, o pregão regular no segmento Bovespa funcionará em sessão contínua das 10h às 17h, com o after market das 17h30 às 19h. No segmento BM&F, os novos horários de negociação dos contratos referenciados em índices de ações funcionarão das 9h às 17h30.
Também serão alterados os horários de encerramento da negociação dos contratos derivativos referenciados em Café Arábica (para 14h35, inclusive operação de rolagem), em Soja (para 14h45) e em Soja Financeira (para 15h).