Redatora na Exame
Publicado em 15 de abril de 2025 às 08h11.
O CEO do JPMorgan Chase & Co, Jamie Dimon, vendeu cerca de US$ 31,5 milhões em ações do banco americano.
Segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) na última segunda-feira, 14, o executivo vendeu 133.639 ações.
O movimento não é inédito. No ano passado, pela primeira vez desde que assumiu o posto de CEO em 2005, Dimon se desfez de parte de suas ações da instituição financeira.
A venda de ações acontece em meio à preparação do JPMorgan para uma transição de liderança. O conselho de administração da instituição afirmou que a sucessão está entre as prioridades do momento, e o próprio CEO declarou que essa é sua tarefa mais importante agora.
Em 2024, o pacote de remuneração de Dimon totalizou US$ 39 milhões, um aumento de 8,3%.
Na última sexta-feira, 11, o JPMorgan divulgou que teve um desempenho robusto no primeiro trimestre de 2025, com lucro de US$ 14,6 bilhões (US$ 5,07 por ação), um avanço de 9% em relação ao mesmo período de 2024.
O resultado foi impulsionado principalmente por um salto nas receitas de trading e assessoria em fusões e aquisições (M&A).
O banco, no entanto, aumentou significativamente suas provisões para perdas com crédito, um sinal claro de cautela diante das turbulências que afetam a economia americana.
A medida foi acompanhada de um alerta de Jamie Dimon sobre o risco de recessão, em meio ao aumento da volatilidade nos mercados e às incertezas provocadas pela política tarifária do presidente Donald Trump.
“Os clientes se tornaram mais cautelosos diante do aumento da volatilidade dos mercados, impulsionada por tensões geopolíticas e comerciais”, afirmou Dimon, em comunicado. “A economia está enfrentando uma turbulência considerável, incluindo fatores geopolíticos.”