Moçambique (Juliana Borges/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2012 às 15h00.
São Paulo – “Baratas, mas não animadoras”. É assim que o J.P.Morgan definiu as ações mundiais que, na opinião dos analistas do banco, mais podem sofrer com uma desaceleração da China.
Num estudo que incluiu ativos do Brasil, China, Estados Unidos, Europa, África do Sul e Austrália, os analistas concluíram que os papéis australianos expostos à China são os mais baratos.
Para cada um desses países, os analistas montaram uma “seleção” de companhias com preços muitos baixos, mas que levam junto o risco da exposição ao mercado chinês.
Na cesta de ações brasileiras, o maior peso é dado para os ADRs (American Depositary Receipts, recibo de ações estrangeiras negociadas nos Estados Unidos) da Vale, com 55%, seguido pelos ADRs das ações preferenciais da companhia, com peso de 35,8% da cesta. Ambas são classificadas como overweight (alocação sugerida acima da média).
Em seguida, vêm os papéis da CSN, com peso de 8% e classificação de underweight (alocação sugerida abaixo da média). Por último, estão os papéis da MMX, classificados em neutro, com peso de 1,2% na cesta.
Ursos na questão da China
No relatório distribuído para clientes, os analistas do J.P.Morgan afirmam que existe na China um estímulo modesto as exportações e importações chinesas.
Os analistas argumentam que os “touros” (visão positiva sobre o mercado) defendem uma recuperação na atividade econômica chinesa no segundo semestre.
Já os “ursos” (visão negativa do mercado) apostam que o estímulo só vai aumentar estoques chineses. Com isso, uma situação nebulosa sobre o ambiente econômico pode manter as ações ligadas à China presas num único patamar. “Nós permanecemos como ursos”, resumem os analistas.