Em 2011, as ações ordinárias da Profarma amargam o vermelho, com queda de 2,2% (Luciana Cavalcanti/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2012 às 19h22.
São Paulo – O recente desempenho operacional da Profarma (PFRM3) fez com que o Itaú BBA reduzisse o preço-alvo (dez/11) das ações ordinárias da companhia de 18,90 reais para 16,40 reais.
Devido ao limitado potencial de valorização dos ativos, de 13%, a recomendação foi mantida em desempenho em linha com a média de mercado (market perform). O banco destaca que as ações da companhia negociam com um múltiplo de 11,4 vezes seu múltiplo preço/lucro em 2011, um desconto de 25% em relação aos seus pares nos Estados Unidos.
A nova avaliação incorpora um cenário mais conservador para o crescimento da companhia, além da previsão de aumento no custo de capital, dada sua estrutura alavancada e a projeção de alta dos juros no longo prazo pelo Itaú BBA.
No ano passado, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Profarma sofreu uma redução de 28% devido ao acirramento da concorrência e a vendas mais fracas, principalmente no segundo trimestre.
“O ano passado foi muito difícil para a empresa, em 2011 o desempenho das margens deve melhorar ligeiramente, projeta a analista Juliana Rozenbaum. A expectativa é de que a margem Ebitda, por exemplo, fique em 3,3%, contra os 3% observados em 2010.
O potencial de consolidação no segmento de farmácias pode ser uma referência importante para o crescimento da Profarma. Segundo Juliana, o setor ainda é bastante fragmentado no Brasil, com aos três principais empresas respondendo por aproximadamente 40% do mercado, enquanto que nos Estados Unidos esta fatia chega a 90%.
“A Profarma pode acelerar seu processo de crescimento por meio de fusões e aquisições. A empresa tem como estratégia complementar sua carteira de clientes em mercados onde não possui grandes presenças, como São Paulo e o sul do Brasil” lembra Juliana.
Resultados recentes
O lucro líquido da Profarma foi de 34,4 milhões de reais em 2010, uma queda de 35,3% em relação ao registrado em 2009. De acordo com a empresa, a performance foi prejudicada pelo “evento não recorrente ocorrido no terceiro trimestre de 2010, referente à liquidação de débitos de ICMS em Minas Gerais, da ordem de 11,9 milhões de reais”.
Os papéis da companhia encerraram o ano anterior com desvalorização de 6,3%, enquanto o Ibovespa terminou o período com alta de 1%. Em 2011, as ações ainda amargam o vermelho, com queda de 2,2%.