O Itaú Unibanco detém 50% do capital da Redecard (Pedro Zambarda/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 09h32.
São Paulo - O Itaú Unibanco marcou para 24 de setembro o leilão para o fechamento do capital da companhia de cartões Redecard, segundo termos de edital publicado nesta quinta-feira.
O banco, que detém 50 por cento do capital da Redecard, anunciou em fevereiro plano para desembolsar quase 12 bilhões de reais pelo restante da companhia. A oferta é por até a totalidade das 336,35 milhões de ações da Redecard em circulação.
A oferta do Itaú Unibanco foi definida em 35 reais por ação a ser oferecido no leilão. Interessados em participar terão até 21 de setembro para se habilitarem.
A operação chegou a ser questionada em maio por acionistas minoritários que pediram novo laudo de avaliação da Redecard para um eventual novo preço de aquisição dos papéis. Mas o novo levantamento, elaborado pelo Credit Suisse e entregue em junho, definiu um valor para as ações entre 34,66 e 38,12 reais, o que garantiu o interesse do banco com o andamento da operação. A ação da Redecard encerrou a quarta-feira cotada a 33,47 reais.
Segundo os termos do edital, para o prosseguimento da operação, e consequente fechamento do capital da Redecard, será necessária adesão de mais de dois terços dos detentores dos papéis em circulação da empresa.
"Caso não seja obtido o cancelamento do registro, o ofertante poderá analisar alternativas (...) incluindo um eventual desinvestimento parcial ou total e/ou eventual redução de relações comerciais".
A estrutura de funcionamento do setor de cartões faz com que a credenciadora pague taxa aos bancos. O motivo alegado pelo Itaú para propor a OPA é o conflito de interesses potencial, já que o banco quer receber o máximo, enquanto a credenciadora, no caso a Redecard, quer pagar o mínimo.