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Itália gera otimismo e bolsas da Europa sobem

As ações do setor bancário impulsionaram os índices e os investidores reagiram com otimismo à posse do novo primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta


	O índice DAX da Bolsa de Frankfurt ganhou 0,75%, fechando a 7.873,50 pontos
 (REUTERS/Remote/Marte Kiessling)

O índice DAX da Bolsa de Frankfurt ganhou 0,75%, fechando a 7.873,50 pontos (REUTERS/Remote/Marte Kiessling)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 14h17.

Londres - As bolsas europeias fecharam em alta nesta segunda-feira, 29, ajudadas pelo progresso político na Itália, alguns dados positivos dos Estados Unidos e balanços corporativos.

As ações do setor bancário impulsionaram os índices e os investidores reagiram com otimismo à posse do novo primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, no domingo, 28, e ao seu discurso de apresentação de governo, nesta segunda-feira, 29. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou a sessão com alta de 0,51%, a 237,39 pontos.

Letta foi formalmente empossado no domingo como primeiro-ministro da Itália, após alcançar um acordo com o partido Povo da Liberdade, de Silvio Berlusconi, e o grupo Escolha Cívica de centristas, do ex-primeiro-ministro Mario Monti. O acordo deu fim aos mais de dois meses de impasse político na Itália após as eleições inconclusivas de fevereiro.

No discurso que antecedeu o voto de confiança do Parlamento, previsto para ocorrer ainda hoje na Câmara e amanhã no Senado, Letta lembrou que a situação econômica na Itália ainda é séria e que a disciplina fiscal é crucial para reduzir o nível da dívida.

O novo premiê fez uma menção especial às reformas institucionais, expressando sua vontade de criar uma comissão para revisar a estrutura geral das instituições do país e frisou que uma nova lei eleitoral daria maior representatividade aos cidadãos.

"A comissão para as reformas deve ter início imediatamente", disse ele, estipulando o prazo máximo de 18 meses para o início efetivo das reformas. Segundo ele, "reduzir impostos sem aumentar a dívida" será um "objetivo contínuo" do seu governo.


Alguns dados positivos dos EUA também ajudaram a performance do mercado de renda variável europeu. As vendas pendentes de imóveis subiram 1,5% em março ante fevereiro, para o índice de 105,7, atingindo o maior nível desde abril de 2010.

A alta foi maior do que a previsão média dos analistas, que esperavam aumento de 1,0%. Além disso, a renda pessoal no país subiu 0,2% no mês passado, mas ficou abaixo da previsão de acréscimo de 0,4%.

Por outro lado, o índice de atividade das empresas medido pelo Federal Reserve de Dallas despencou para -15,6 em abril, de 7,4 em março, mas o dado não interferiu com os ganhos das bolsas. Também não atrapalhou o otimismo dos investidores a queda para 88,6 no Índice de Sentimento Econômico da zona do euro em abril, o menor nível em quatro meses, de 90,1 em março.

Nesse cenário, o índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, liderou os ganhos e subiu 2,20%, fechando a 16.929,68 pontos. A expectativa é de que o governo de Letta receba o voto de confiança tanto da Câmara quanto do Senado.

O índice DAX da Bolsa de Frankfurt ganhou 0,75%, fechando a 7.873,50 pontos. As ações da Volkswagen subiram 2,6% com o aumento da participação de mercado da companhia em abril. Já a Bayer caiu 2% devido a pagamentos de dividendos. A empresa concordou em comprar a Conceptus em um negócio de US$ 1,1 bilhão.

Já na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 avançou 1,54% e fechou a 3.868,68 pontos. EDF ganhou 3,4% e a L'Oreal subiu 2,9% após o upgrade de um analista.

Em Londres, o índice FTSE teve alta de 0,49%, encerrando a sessão a 6.458,02 pontos. Aberdeen Asset Management avançou 8% com resultados melhores que os esperados. As ações do Lloyds Banking Group subiram 1,1% após a instituição anunciar o fim das suas operações bancárias de varejo na Espanha.

Em Madri, o índice IBEX-35 ganhou 1,85%, a 8.450,90 pontos. E, na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 ganhou 1,79%, fechando a 6.262,02 pontos. As informações são da Dow Jones.

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