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Itália e Espanha vendem títulos de dívida sem dificuldade

O custos de empréstimos que tocaram poucos sinos de alerta na venda de títulos dos dois países

A Itália vendeu um título com vencimento em dois anos com cupom zero por um rendimento médio de 2,35%, abaixo dos 3,01% registrados há um mês (Mario Tama/Getty Images)

A Itália vendeu um título com vencimento em dois anos com cupom zero por um rendimento médio de 2,35%, abaixo dos 3,01% registrados há um mês (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2012 às 10h17.

Milão - A Itália e a Espanha venderam títulos de suas dívidas nesta terça-feira com pouca dificuldade e com custos de empréstimos que tocaram poucos sinos de alerta.

Um ou dois dos bancos que haviam comprado títulos do Tesouro da Itália indexados à inflação foram, no entanto, rápidos em vender o papel, dada uma enorme emissão recente no varejo de papéis também indexados aos aumentos de preços. Isso puxou para cima os rendimentos dos títulos italianos no mercado secundário.

A Itália também vendeu um título com vencimento em dois anos com cupom zero por um rendimento médio de 2,35 por cento, abaixo dos 3,01 por cento registrados há um mês, graças a uma demanda sustentada dos bancos cheios de liquidez do Banco Central Europeu (BCE). Foi o menor rendimento para esse tipo de título desde novembro de 2010.

A demanda atingiu cerca de 1,9 vez os 2,8 bilhões de euros vendidos, praticamente em linha com a relação entre oferta e demanda vista há um mês.

A Espanha, que tem ficado sob mais pressão do que a Itália, vendeu com facilidade 2,6 bilhões de euros em títulos de curto prazo do Tesouro, com a demanda se mostrando saudável, apesar da preocupação persistente do mercado com sua capacidade de reduzir o déficit público.

O Tesouro espanhol vendeu 1,5 bilhão de euros em títulos de três meses e 1,08 bilhão de euros em títulos de seis meses. Juntos, os leilões ficaram pouco acima do meio da faixa meta de 2 bilhões a 3 bilhões de euros.

Os custos dos empréstimos foram mistos em relação aos últimos leilões de papéis similares há um mês, mas mantiveram níveis baixos. O rendimento médio do título de três meses foi de 0,381 por cento, em comparação com 0,396 por cento obtido há um mês. Para os títulos de seis meses, o rendimento médio foi de 0,836 por cento, um pouco acima do registrado em fevereiro.

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