Novidades para os investidores: a BM&FBovespa divulgou nesta quinta-feira (28/11) quais são as empresas que vão integrar a nona carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que vigora de janeiro de 2014 a janeiro de 2015.

No total, são 40 companhias nacionais que passaram por processo de seleção - desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces) e auditado pela KPMG - e foram escolhidas por seu desempenho socioambiental.

Juntas, elas reúnem 51 ações, de 18 diferentes setores, e somam R$ 1,14 trilhão em valor de mercado, o que representa 47,16% do total do valor das companhias com ações negociadas na BM&FBovespa.

"Uma das novidades deste ano é que, pela primeira vez, chegamos ao número máximo de empresas que podem compor a carteira", comemora Sonia Favaretto, presidente do Conselho Deliberativo do ISE. 

Segundo ela, a situação favorece uma disputa saudável entre as companhias: "Agora que todos os assentos disponíveis estão preenchidos, as empresas terão que se aprimorar cada vez mais para entrar ou continuar fazendo parte do ISE".

Outra boa notícia é que, também pela primeira vez, mais da metade das companhias que integram a carteira do ISE autorizaram a BM&FBovespa a divulgar para o público em geral - e, principalmente, para investidores e stakeholders - as respostas de seus questionários de avaliação. "22 companhias, ou seja, 55% das participantes aderiram à proposta de transparência. No ano passado, o índice foi de 37%", conta Favaretto.

As informações socioambientais dessas empresas poderão ser acessadas pelos internautas, no site do ISE, a partir desta sexta-feira (29/11), quando acontece o lançamento oficial da nona carteira da iniciativa, em São Paulo.

O PERFIL DAS EMPRESAS DO ISE 2014

A BM&FBovespa divulgou também o perfil das empresas que integram a nona carteira do ISE, com base nas respostas do questionário - que, inclusive, sofre pequenas reestruturações, ano a ano, para acompanhar as tendências e desafios nacionais e mundiais. "Em 2013, por exemplo, aprofundamos a questão da adaptação, no quesito mudanças climáticas, afinal este é o tema do momento. Mitigação, agora, já não basta. É preciso se adaptar", comenta Roberta Simonetti, coordenadora executiva do GVCes.

Segundo Favaretto, assim como no cenário global, percebe-se entre as empresas do ISE 2014 uma necessidade de amadurecer a abordagem do tema adaptação em suas iniciativas. "As companhias ainda estão entendendo do que se trata o assunto e de como incorporá-lo em suas práticas", conta.

Já no quesito reporte de informações, as empresas da nona carteira estão "bem na fita". 100% delas publicam relatórios de sustentabilidade - 95% de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Global Reporting Initiative (GRI). "Outro avanço importante é que aumentou o número de companhias que declararam prestar contas a respeito das metas que assumem em seus relatórios", afirma Favaretto.

65% dizem prestar contas sobre suas metas sociais - contra 54%, no ano passado -, por exemplo, e 68% afirmam dar satisfação sobre as metas ambientais - em 2012, eram 62%. "É um avanço interessante. Reportar as metas no relatório de sustentabilidade já é uma boa notícia, mas prestar contas sobre os seus resultados é melhor ainda. Trata-se de um degrau a mais. É isso que o ISE busca: subir a régua", comemora a executiva.

A CPFL Energia, uma das principais parceiras do Planeta Sustentável, é uma das empresas que integra o ISE 2014, ao lado de Natura, Fibria e Suzano Papel e Celulose, entre outras.